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Sampaoli nega acordo com oposição do Fla. Wallim reafirma acerto

Jorge Sampaoli disse não ter nenhum tipo de acerto com Wallim (foto) no Fla - Júlio César Guimarães/ UOL
Jorge Sampaoli disse não ter nenhum tipo de acerto com Wallim (foto) no Fla Imagem: Júlio César Guimarães/ UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/12/2015 16h52

O técnico da seleção chilena, Jorge Sampaoli, negou que tenta qualquer acordo com a Chapa Verde – grupo encabeçado por Wallim Vasconcellos que disputa a eleição do Flamengo. Em entrevista a uma rádio chilena, o treinador disso que o suposto acordo com o Rubro-negro não passa de um discurso com intenções políticas.

“Isso do Flamengo só pode ser uma intenção política. Não conheço esse senhor, eu não tenho representante, ele não me representa em nada. Sempre cuidei sozinho. Falar que tenho algo firmado me parece vergonhoso, não tem nenhuma verdade. É impossível que eu tenha um acordo”, disse Sampaoli à rádio Tele 13.

Mesmo com a negativa do treinador argentino, Wallim Vasconcellos e seus pares que disputam a eleição do próximo dia 7 reafirmaram o acordo.

“É óbvio que ele vai negar publicamente. Ele só vai poder confirmar isso no dia 7 ou 8 de dezembro, após a votação. Está negando até porque está sob contrato com a federação chilena. Tudo que fizemos foi de acordo com o agente dele. Até a divulgação foi combinada. Se ganharmos, teremos Sampaoli no comando do Flamengo, sim”, cravou.

Wallim Vasconcellos ainda falou sobre o contrato que seria de três anos. “Temos várias trocas de e-mails, tudo registrado. Algo como se fosse um memorando de entendimento. E as cláusulas discutidas vão para o contrato após a eleição, um vínculo com duração de três temporadas”, completou.

Mantendo a confiança no acordo com o técnico da seleção do Chile, Wallim ainda detalhou o “namoro” de quase três meses com Sampaoli e, posteriormente, Gelson Baresi.

“Não tem ninguém inventando nada, inclusive o Gelson sempre foi o agente dele. Hoje cedo mesmo os dois se falaram sobre Flamengo. A coisa começou em 14 de setembro, quando eu e Bap [Luiz Eduardo Baptista, articulado e líder da Chapa Verde] fomos a Santiago e nos reunimos durante três horas com o Sampaoli e o Baresi na sala de reunião de um hotel. Ele já tinha estudado todo time profissional e da base do Flamengo. É um outro nível quando se conversa com essa pessoa. Cansamos de ter treinador que não conhecia o técnico em 3 meses. Isso mostra o nível dele. Foi uma conversa muito boa”, resumiu, cutucando os antigos treinadores do clube.

“Chegamos a uma conclusão que era ele. Precisávamos de uma pessoa vencedora, motivada e respeitada como o Sampaoli. Ele vai fazer um trabalho além de ser treinador, vai nos ajudar a concluir o CT, a integrar a base. É isso que o Flamengo precisa. Mostramos que o Flamengo está em reconstrução. Foi uma empatia, ele viu o tamanho do clube, a potência que pode ser. Ao fim da reunião, ele autorizou o Gelson Baresi a continuar as conversas. Desde então estamos conversando. Foi muita parte conceitual, depois a parte financeira, com valores fixos e variáveis. Teremos ainda dois auxiliares e um preparador físico, um deles até trabalhou com o Guardiola. A negociação avançou após esse último jogo das Eliminatórias [dia 17]. O acordo foi feito no final da última semana, fechamos os últimos pontos e resolvemos anunciar”, contou Wallim.

Por fim, os integrantes da Chapa Verde comentaram o salário de cerca de R$ 1,2 milhão por mês e provocaram os chilenos.

“Ele vai dar um ‘upgrade’, um salto. Vai trocar a nação do Chile pela nação do Flamengo, que é muito maior. Não acredito que ele vá querer queimar o nome dele e quebrar o acordo agora depois de tudo que falamos. Enxergamos isso como um investimento, não como uma despesa. Investimento que dará retorno”, encerrou Wallim Vasconcellos.