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Novo parceiro corintiano gera saia justa com entrevista sobre naming rights

Marcelo Prado (à esquerda) afirmou interesse em adquirir naming rights da Arena Corinthians - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Marcelo Prado (à esquerda) afirmou interesse em adquirir naming rights da Arena Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

09/12/2015 12h05

Patrocinadora apresentada pelo Corinthians na última semana, a Klar já causa irritação em dirigentes do clube. Pessoas próximas ao presidente Roberto de Andrade sentiram constrangimento por Marcelo Prado, mandatário da parceira, afirmar à Rádio Transamérica que gostaria de comprar os naming rights da Arena. Ele reafirmou a oferta em entrevista ao UOL Esporte.

As fontes da direção corintiana asseguram que Prado realizou apenas uma consulta breve sobre valores e condições superficiais a respeito do negócio. No clube, causou ainda mais estranheza a declaração de que a Klar contrataria jogadores para o Corinthians. A impressão é de que as declarações visam dar visibilidade à nova empresa do ramo de limpeza. 

O assunto mercado de transferências, segundo as mesmas fontes, jamais foi discutido entre direção e empresa – Prado disse que poderia adquirir um atacante estrangeiro que atuou nas semifinais da Copa do Mundo 2014. Houve preocupação de que esse tipo de iniciativa repercutisse negativamente no departamento de futebol e no vestiário campeão brasileiro. 

Nesta nova entrevista, o presidente da Klar manteve as declarações. Marcelo Prado ainda respondeu à desconfiança de torcedores que questionaram o fato de a empresa ser novata e estar ligada a uma holding sem referências na internet. Prado afirmou também que, se o Grupo Renovação e Transparência (de Andrés Sanchez e Roberto de Andrade) for reeleito, o contrato de dois anos será automaticamente renovado com o Corinthians por mais três.

Confira tópicos comentados por Marcelo Prado:

Dúvidas sobre credibilidade da Klar
O Corinthians não faz negócios com quem não tem condições. Antes de chegarem as informações e sermos apresentados como parceiros, houve várias reuniões, acordos, então eles conhecem as nossas empresas. O Corinthians fez um negócio seguro.

Constituição do grupo
Pertencemos a holding Glaic que atua em seis ramos de indústrias diferentes. Do setor petróleo e gás, no setor químico de performance, papel e indústria, tintas, celulose e a Klar, da indústria da limpeza. O setor mais forte é o petróleo e químico. Estamos em vários países do mundo. Brasil, Colômbia, Venezuela, Estados Unidos, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Polônia e China. Em cada país, é uma empresa com nome diferente.

Por que empresas são desconhecidas
O setor industrial não precisa de mídia. Precisa de tecnologia e qualidade. Como criamos uma empresa que vai para o varejo, do setor de limpeza, precisamos de mídia. Por isso o mercado está operando dentro do esporte.

NR.: A Klar investe na Superliga de Vôlei Feminino, na Stock Car, no ciclismo e no Corinthians.

Proposta pelos naming rights
Caso o Corinthians não venha a fechar com o primeiro ou o segundo (interessados), que são agentes financeiros do mercado, a Klar é a terceira proposta. O Corinthians pede esse valor de R$ 400 milhões e não vejo nenhuma dificuldade em pagar. Até porque está diluído em 20 anos, é uma coisa que está ao alcance. Demora a se finalizar porque tem o consórcio, o Corinthians e o BNDES.

Arena dificilmente terá o nome da Klar
Devido à nossa entrada, acho que vamos ajudar o Corinthians a fechar. Até então, não fecharam, agora entramos, a situação mudou e entramos em acordo que até tal data fecharia tudo. Colaboramos indiretamente.