Topo

Ceni se emociona e pede que tenha cinzas jogadas no Morumbi quando morrer

Danilo Lavieri, Luiza Oliveira e Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

11/12/2015 23h23

Rogério Ceni fez um pedido especial em sua despedida na noite desta sexta-feira (11) no Estádio do Morumbi. Ele quer que, assim que morrer, seu corpo seja cremado e tenha suas cinzas jogadas no gramado do palco em que fez a sua carreira de 25 anos. 

Depois de agradecer pela presença de todos os jogadores, da torcida e até dos atletas convidados que não puderam participar da festa, ele tomou o microfone e se emocionou para fazer o pedido.

"Meu último pedido é, talvez o mais difícil, mas vai acontecer um dia. É de pedir aos meus familiares, que, quando eu morrer, meu corpo seja cremado aqui, que permita que ele seja cremado e que as cinzas sejam jogadas aqui para que eu lembre para sempre tudo que aconteceu aqui", disse Ceni no microfone dentro do campo.

O agora ex-goleiro também anunciou que a camisa com o número 01 será eternizada. O número 1, sem o zero à frente, continuará a ser usada normalmente. 

"A camisa 01 que eu estou usando parece que não será mais usada, a camisa número 1 vai continuar graças a Deus, mas o 01, a partir de hoje, é uma extensão da minha carreira e é dedicada a todos vocês torcedores do São Paulo. A cada vez que vierem ao Morumbi, ela será dedicada a vocês", disse Ceni. "Beatriz, Clara e Henrique, teu pai ama vocês", completou ele ao citar os filhos.

Antes do pedido especial, Ceni ainda agradeceu a todos que compareceram ao evento e até aos que não puderam, como foi o caso de Danilo, hoje atleta do Corinthians. Assim que teve seu nome citado, o Morumbi puxou uma vaia. Ainda antes de a bola rolar, o corintiano já havia sido xingado. Ele recusou participar da despedida para não precisar vestir a camisa do São Paulo.