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Novo meia do Palmeiras era joia da base do SP, mas acabou dispensado

Do UOL, em São Paulo

25/12/2015 06h00

Régis, de 23 anos, contratado pelo Palmeiras para a temporada de 2015, tinha um sonho até dois anos atrás: ser titular do São Paulo. Cria das categorias de base em Cotia, o meia passou quase dez anos no clube, participou da vitoriosa geração campeã da Copa São Paulo em 2010, ao lado dos amigos Lucas e Casemiro, mas não conseguiu o mesmo espaço entre os profissionais. Foi emprestado duas vezes e deixou o clube em 2014, dispensado por Muricy Ramalho. Agora, tem a chance de provar o valor pelo rival.

Régis chamou atenção pelo Sport em 2015 e foi contratado pelo Palmeiras por empréstimo para 2016. No novo clube, disputará espaço com Dudu, Robinho e Cleiton Xavier - sem contar outros jogadores que ainda podem ser contratados. O São Paulo, enquanto isso, busca no mercado um reserva para Paulo Henrique Ganso.

Enquanto Lucas já jogava pelo Paris Saint-Germain em 2013, o então técnico são-paulino Ney Franco decidiu que não aproveitaria Régis. O meia foi emprestado ao Paulista, de Jundiaí, no qual pouco jogou. No segundo semestre, foi reintegrado, mas ainda assim não conseguiu entrar em campo profissionalmente com a camisa que defendeu durante toda a formação nas categorias de base. Enquanto o clube vivia momento turbulento, na luta contra o rebaixamento, Muricy Ramalho liberou o jogador para mais um empréstimo, agora para o América-RN.

Chegou a Natal no fim de setembro e, em dois meses, fez dez jogos, marcou cinco gols e deu quatro assistências. O rendimento não foi o bastante, porém, para que o São Paulo o considerasse capacitado para reforçar o elenco em 2014. Saiu, então para a Chapecoense.

"Eles queriam renovar meu contrato por três anos e me emprestar novamente. Disseram que eu não tinha condições técnicas no momento para ficar no time de cima. Nem para ficar no grupo, então resolvi sair", falou Régis, em fevereiro de 2014, logo após deixar o São Paulo, em entrevista ao Blog do Menon. O meia também falou não se sentir injustiçado pela falta de oportunidades no São Paulo: "Não, eu não falo isso. O que eu sei é que, se a pessoa trabalha duro e seriamente, merece ser valorizada. No futebol também é assim", disse.

Meses depois, com sucesso no clube em Santa Catarina, foi vendido ao Sport, clube que defendeu por um ano e meio antes de ser emprestado ao Palmeiras.

Ainda sem anunciar reforços para 2016, o São Paulo prioriza a contratação de jogadores titulares para a defesa - principalmente um lateral esquerdo -, mas também pretende reforçar o elenco com pelo menos mais um volante e um meia reserva, além de um atacante de velocidade.