Atlético-MG entra na Justiça para evitar saída precoce de promessa
Bernard, Jemerson e Marcos Rocha. As categorias de base do Atlético-MG revelaram bons valores nos últimos anos. Atletas importantes, inclusive, para a conquista de títulos nacionais e internacionais. Entretanto, em 2015, nenhum jogador das divisões inferiores fez a sua estreia entre os profissionais. O clube ainda corre o risco de perder a sua principal promessa nos próximos meses, mas aciona a Justiça para mantê-la na Cidade do Galo.
O meia-atacante Bruno Tabata, de 18 anos, tem contrato com a agremiação até 31 de março de 2016. A partir daí, ele estaria liberado para assinar outro vínculo. Porém, a diretoria obteve uma liminar que impede um novo compromisso nos próximos três por ser responsável pela formação do apoiador.
“Entramos com uma ação para impedir que ele registre qualquer contrato com clube brasileiro ou estrangeiro. Isso é uma decisão liminar. Depois será julgado o mérito. Como entendemos que a Lei Pelé faculta o clube à renovação automática. Ele não respondeu. Não existe essa opção”, disse o diretor jurídico Lásaro Cândido Cunha, em entrevista ao UOL Esporte.
“A Lei (Pelé) faculta o clube à primeira renovação do atleta da base. O clube tem preferência na renovação. Ele foi notificado de uma proposta do Atlético e a negou, sem apresentar qualquer outra proposta. Então, ele está impedido de registrar qualquer contrato no Brasil e no exterior nos próximos três anos. É uma decisão liminar, porque descobrimos que tinha indícios de aliciamento, de fazer uma transferência para um clube europeu. Por isso, entramos com a ação”, acrescentou.
O Atlético, portanto, tenta assegurar que a próxima temporada seja ainda melhor que a atual em termos de aproveitamento de jogadores das categorias de base. Caso permaneça em Belo Horizonte, o meia-atacante poderá receber a sua primeira oportunidade entre os profissionais, uma vez que o uruguaio Diego Aguirre costuma dar bastante atenção às divisões inferiores.
O clube destina, anualmente, um valor superior aos R$ 15 milhões nas categorias de base e, por isso, não pretende perder uma de suas principais promessas para o futebol europeu. A manutenção de Bruno Tabata é o primeiro passo para mostrar que os investimentos nas divisões inferiores são compensatórios.
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