Topo

Presidente defende torcedores do Espanyol e nega cânticos racistas a Neymar

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/01/2016 11h35

Joan Collet, presidente do Espanyol, saiu em defesa dos torcedores do clube neste domingo. O cartola negou que parte da torcida do clube tenha insultado o brasileiro Neymar de forma racista.

Um canal de televisão espanhol flagrou os cânticos racistas ao atacante, assim como provocações a Messi e Suárez. Um ex-dirigente do Barça presente no estádio Cornellà-El Prat durante o empate em 0 a 0 também denunciou os insultos de parte da torcida do Espanyol.

O presidente do rival do Barcelona negou os insultos a Neymar. "É uma mentira que tenha havido cânticos racistas no estádio. Eu estava lá, como outras 30 mil pessoas, e não houve nada", comentou o dirigente do Espanyol.

O canal de TV espanhol La Sexta divulgou imagens em que o camisa 11 do Barcelona era insultado com gritos de macaco sempre que pegava na bola. Um torcedor também chamou o uruguaio Suárez de "canibal de m...".

"Foi uma partida de alto risco e não houve nenhum incidente, nenhum problema. A atitude da torcida foi de tirar o chapéu. Animaram o time durante toda a partida e depois dizem que houve um grito e é mentira”, reforçou Joan Collet.

Barcelona e Espanyol se encontrarão novamente na próxima quarta-feira, pela Copa do Rei, no Camp Nou. O cartola do Espanyol alega que as reclamações são parte da estratégia do clube rival para fazer pressão e obter vantagens no clássico que será realizado dentro de casa.

Além de atos racistas da torcida, o Barcelona deixou o campo após clássico pelo Campeonato Espanhol reclamando da violência dos jogadores adversários.

Esta não foi a primeira vez que Neymar foi alvo da torcida do Espanyol. Em abril de 2015, o camisa 11 também foi insultado - houve imitações de macacos direcionadas a ele e ao lateral Daniel Alves.

Na ocasião, a Liga Espanhola denunciou a torcedores organizados do clube. Segundo a entidade que comanda o futebol local, as ofensas partiram de membros da Curva RCDE. Os cânticos foram proferidos por grupos entre 300 e 600 pessoas.