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Porteiros já fizeram mutirão para novo lateral do Corinthians matar a fome

Moisés (à direita) se apresentou ao Corinthians na última quarta-feira - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Moisés (à direita) se apresentou ao Corinthians na última quarta-feira Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

07/01/2016 06h00

Até chegar o Corinthians, do qual é uma das novidades na temporada 2016, Moisés passou por dificuldades na vida e na carreira. Um cenário que remete à realidade difícil que boa parte dos jogadores que defendem times pequenos costuma passar.

"Eu passei por provações apesar de ter apenas 20 anos. Ralei bastante", explica em entrevista ao UOL Esporte.

Lateral esquerdo, Moisés foi formado nas divisões de base do Comercial-SP. Chegou a jogar nos juvenis do Internacional por um ano, mas voltou a Ribeirão Preto. Então, passou por Batatais-SP, ganhou espaço no Madureira-RJ durante o Campeonato Carioca 2015 e então chamou a atenção do Corinthians. Ele é o único jogador a realmente ter funcionado na parceria idealizada com o Bragantino na última Série B, pois jogou por empréstimo por lá, se destacou na competição e terá, em 2016, a chance de vestir a camisa corintiana.

"É uma alegria chegar ao Corinthians, jogar para uma torcida tão maravilhosa. A dificuldade em time pequeno é muito grande", explica.

"No Rio de Janeiro, foi o mais difícil. Cheguei a um apartamento sem televisão, sem fogão, sem gás...a geladeira só funcionava a parte de cima (risos). A cama também era muito ruim", relata Moisés. "Esse começo foi bem complicado, fui morando sozinho, me virando longe da família. Os próprios porteiros me deram força, me deram um fogão. Mas eu sabia que, suportasse aquilo, ia pegar firme no Campeonato Carioca. Sempre encarei como um incentivo e não fui esmorecendo".

Os perrengues de viver sozinho no Rio de Janeiro aos 19 anos vieram depois de morar em um alojamento ruim no Batatais e de se alimentar mal no Comercial. Hoje, no Corinthians, Moisés sabe que tudo isso ficou para trás. O contrato assinado em maio de 2015 mudou sua vida e tem duração até dezembro da temporada que vem.

"Minhas férias nunca demoraram tanto", contou sobre a expectativa de se reapresentar na quarta-feira. "Eu queria é que acabasse logo", diz o jogador que lutará por espaço com Uendel e Guilherme Arana, ambos em alta com Tite.