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Tempo e base: Palmeiras muda história recente de pré-temporadas turbulentas

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

10/01/2016 06h00

O Palmeiras deu início à pré-temporada nesta semana e viajou a Itu para os primeiros trabalhos com bola. Com a mesma base de 2015 e sete contratados para a atual temporada, o clube consegue reverter uma tendência dos últimos anos. Agora, ao contrário dos últimos anos, inicia o ano com uma base consolidada, poucas mudanças e maior tempo de preparação até o primeiro jogo oficial.

Estável e com a manutenção de Marcelo Oliveira, o Palmeiras ainda conta com um tempo maior de preparo até o início do Campeonato Paulista. No total, o time terá 26 dias para aprimorar a parte física - a estreia ocorrerá dia 31, contra o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto.

No ano passado, o Estadual também começou no fim de janeiro, ao contrário dos anos anteriores -- a estreia no torneio ocorria na terceira semana do mês. Em 2015, entretanto, havia outra preocupações: Oswaldo de Oliveira havia acabado de assumir um time com 17 contratações até o primeiro jogo no Paulistão.

Em 2016, a diretoria conseguiu manter quase todos os titulares. Apenas o zagueiro Jackson não permaneceu no elenco. Rafael Marques, primeiro reserva da equipe, ainda está com a situação indefinida.

Nesse cenário, a diretoria do Palmeiras garantiu a contratação de Edu Dracena, que deve ganhar a posição de titular. O atacante Erik, revelação do Brasileirão 2014, também é um dos reforço do time alviverde.

Treinadores

Nos últimos anos, o Palmeiras conseguiu manter os treinadores de uma temporada para outra -- a única exceção é 2015: Dorival Júnior deu lugar a Oswaldo de Oliveira. A estabilidade e o bom momento, no entanto, não contribuíram.

Em 2010, Muricy Ramalho perdeu peças importantes do elenco, sem reposição. Vagner Love, por exemplo, deixou o clube em janeiro. O treinador, por sua vez, acabou demitido em fevereiro, após uma derrota por 4 a 1 para o São Caetano.

Luiz Felipe Scolari também teve a chance de continuar no clube no início de 2011 e 2012. No primeiro caso, havia ainda a pressão pela eliminação na semifinal da Copa Sul-Americana, em dezembro de 2010, para o Goiás, em pleno Pacaembu. 

Gilson Kleina também teve dificuldades para iniciar uma temporada com tranquilidade. Em janeiro de 2013, semanas depois do rebaixamento, o treinador viu Marcos Assunção deixar o clube. Em 2014, como Felipão em 2012, Kleina teve pouco mais de dez dias para trabalhar na pré-temporada.

Torneio sul-americano

O Palmeiras de Marcelo Oliveira ainda terá a chance de medir forças com tradicionais adversários sul-americanos. O clube alviverde enfrentará o Libertad em Montevidéu, no próximo dia 20. Se bater os paraguaios, o time enfrentará o vencedor de Nacional-URU e Peñarol.

O Nacional será um dos adversários da equipe na fase de grupos da Libertadores. O grupo palmeirense ainda traz o Rosario Central-ARG e o vencedor do mata-mata entre Universidad de Chile e River Plate-URU.