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Joia do Corinthians na Copa SP já ofuscou até campeões brasileiros de Tite

Maycon celebra um dos gols marcados diante do Paysandu no sábado passado - Denny Cesare/Agência Corinthians
Maycon celebra um dos gols marcados diante do Paysandu no sábado passado Imagem: Denny Cesare/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

12/01/2016 12h20

Guilherme Arana e Malcom são xodós de Tite no elenco profissional do Corinthians e deram contribuição, como titulares, na conquista do Campeonato Brasileiro 2015. Mas, antes disso, viveram à sombra de uma promessa que agora espera alcançar os colegas. Nesta terça-feira, às 21h (de Brasília) em Limeira, a partida contra o Guarani pela quarta fase da Copa São Paulo traz uma nova oportunidade a Maycon.

No Corinthians desde os 12 anos e nascido em 1997 como Malcom e Arana, o volante tem sua segunda Copinha como titular. Coadjuvante na edição passada, em que anotou o gol do título contra o Botafogo-SP, ele agora assume a condição de um dos protagonistas do time. Em três jogos, Maycon marcou três vezes e lidera a tabela de artilheiros do grupo corintiano.

A volta ao protagonismo é uma vitória para ele. Até 2013, Maycon era considerado o principal nome de sua categoria. Na seleção brasileira sub-17 daquele ano, foi um dos raríssimos convocados de 16 anos no grupo majoritariamente formado pelos nascidos em 1996. Na assinatura do contrato profissional, recebeu salário superior a Malcom e Arana. Mas, quando se preparava para decolar na base, lesionou o joelho esquerdo com gravidade e viu a carreira estagnar por sete meses pela ruptura do ligamento anterior cruzado em março de 2014.

Maycon, naquele momento, foi ultrapassado de vez pelos colegas Malcom e Guilherme Arana, profissionalizados por Mano Menezes. Engordou durante a recuperação, demorou a alcançar de novo a melhor condição física que, agora, tem feito a diferença a seu favor. Ele se tornou o volante com as características que Tite mais aprecia: competitivo, com bom chute de longa distância e, principalmente, chegada de surpresa à área para conclusão.

A boa leitura de jogo e a condição física, aliás, permitiram ao jogador contribuir em quase todas as posições do campo. Maycon já foi primeiro e segundo volante, meia armador, atacante e, em dois momentos distintos, lateral esquerdo. Nos tempos do sub-14, o então treinador Sérgio Odilon barrou Arana e fez de Maycon seu camisa 6. Mais recentemente, para poder escalar Gustavo Viera, Marciel e Matheus Pereira no meio do sub-20, o treinador Osmar Loss repetiu a escolha.

Nesta Copa São Paulo, Maycon voltou à posição onde acredita alcançar seu melhor nível. Como segundo volante, tem provado isso dentro de campo.