Entre má forma e farpas com técnicos, James vive "inferno astral" em 2º ano
James Rodríguez saiu da Copa do Mundo de 2014 com status de estrela. Fez uma ótima primeira temporada com a camisa do Real Madrid e se consolidou entre os melhores jogadores do mundo. Mas os últimos seis meses têm colocado tudo isso à prova, transformando o segundo ano do colombiano em Madri em um verdadeiro "inferno astral".
Em 29 jogos no último Campeonato Espanhol – todos como titular – foram 13 gols, 13 assistências e vários momentos de categoria que fizeram do atleta um dos mais queridos pela exigente torcida do Real. Agora, ele luta para deixar a reserva em meio a desentendimentos com treinadores, acusações de má forma física e até de pouco comprometimento.
Na atual temporada, foram 11 jogos no Espanhol, só sete como titular. Os números no geral não são ruins – três gols e quatro assistências –, mas a última vez em que o camisa 10 balançou a rede foi em 8 de novembro, em derrota por 3 a 2 para o Sevilla. Foi também o único gol pelo clube após a lesão na coxa que o deixou quase dois meses afastado entre setembro e outubro.
Esse gol também evidenciou a falta de sintonia entre James e a comissão técnica. O então treinador Rafa Benítez elogiou a qualidade do meia depois daquele jogo, mas também criticou seu estado físico. Quatro dias depois, ele fez o gol da Colômbia no empate por 1 a 1 com o Chile pelas Eliminatórias, e rebateu: "podem continuar dizendo que não estou bem".
Na Colômbia, o jornal El Tiempo acusou o camisa 10 de fazer de tudo para derrubar o treinador espanhol e acusou o meia de ter "perdido a humildade". "Ele faz tudo que o Cristiano Ronaldo quer. Eles se dedicaram a demitir o Benítez. A diretoria do clube está preocupada com seus comportamento fora de campo", analisa o periódico.
O técnico Rafa Benítez se foi, e com ele a obrigação de James de jogar em uma posição à qual nunca se adaptou: aberto pela direita, com instruções estritas de voltar para marcar pelo lado. Com Zidane, há mais fluidez no meio e liberdade para a movimentação dos meio-campistas. Mas se James esperava dias melhores com o lendário ex-meia francês no comando, só teve mais problemas.
Nos dois primeiros jogos de Zidane como técnico, o colombiano foi reserva de Isco. No último jogo, uma goleada por 5 a 1 sobre o Gijón, irritou o treinador duas vezes por não aquecer com os companheiros. Para completar, a imprensa espanhola diz que Zidane concorda com Benítez em relação ao estado físico abaixo da média de seu camisa 10.
Está claro que a lesão no ano passado atrapalhou muito a temporada de James: desde que se recuperou, fez só dois jogos completos pelo Real Madrid. Em seis partidas, começou como titular, mas saiu no decorrer do jogo; em três, entrou só no segundo tempo; e em outras três não saiu do banco. Mas para recuperar o tempo perdido e voltar a encantar o Bernabéu, o meia terá que mudar de atitude e convencer Zidane de que ele ainda pode ser o jogador decisivo da temporada passada.
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