STJD abre processo contra dirigente do Cruzeiro após "compra de juiz"
Nesta manhã de quarta-feira, a assessoria da procuradoria do STJD informou que vai mesmo denunciar e abrir um processo contra o supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz. Recentemente, o diretor declarou já ter tentado comprar um juiz para favorecer o time mineiro na década de 80, e agora poderá ser punido com uma multa ou até ser banido do futebol. A data para o julgamento de Benecy ainda não foi marcado.
Após analisar a gravação polêmica de Benecy, o STJD entendeu que “a conduta do denunciado contraria os princípios do esporte e se apresenta em rota de colisão com o fair play desportivo e com o equilíbrio das competições”. Desta forma, Benecy será julgado nos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, 237 e 241, e no artigo 42 e 62 do Código Disciplinar da FIFA.
O tipo de punição do dirigente vai depender do que acontecer nos julgamentos. Se pegar uma pena mais leve, Benecy precisará pagar uma multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. De acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, o dirigente ainda pode pegar uma suspensão de 360 a 720 dias. No entanto, se a punição for baseada no Código Disciplinar da FIFA, o dirigente corre o risco de ser banimento em definitivo do futebol.
Desde a semana passada, o Cruzeiro divulgou em nota oficial que Benecy iria se afastar temporariamente do cargo para tratar de problemas de saúde. No último domingo, o presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, comentou pela primeira vez sobre o assunto, lamentou a declaração considerada infeliz do dirigente, mas não garantiu se Benecy voltará a trabalhar após mais de 45 anos servindo a entidade.
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