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Jogadores do Atlético-MG não querem concentrar. Será que Aguirre topa?

Fim da concentração vai depender da relevância dos compromissos atleticanos no ano - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Fim da concentração vai depender da relevância dos compromissos atleticanos no ano Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Enrico Bruno e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

26/01/2016 06h00

Há dois anos, o técnico Levir Culpi adotou uma prática diferente no Atlético-MG. O então comandante da equipe decidiu que dali em diante a delegação não iria mais concentrar na Cidade do Galo na véspera de partidas realizadas em Belo Horizonte. A medida foi cercada de desconfiança e não contou com o aval da diretoria, mas repercutiu bem e deu certo nos meses seguintes. Desde então, o clube faturou um Mineiro, uma Copa do Brasil e foi vice do Brasileirão.

Hoje, a questão volta a ser discutida no clube, já que Diego Aguirre pode ou não dar sequência ao sistema que veta o confinamento e que tem agradado aos atletas. Se depender do uruguaio, a história deverá ser diferente, mas não o oposto do que fez Levir. Exceto em situações que antecedem jogos mais importantes, como a véspera de decisões, os jogadores continuarão tendo um tempinho a mais para a família.

“Isso não me preocupa. Às vezes podemos concentrar, outras vezes não. Não é a mesma coisa fazer isso na Libertadores ou no Mineiro. Mas não e uma coisa que eu tenha preocupação, não é tão importante assim concentrar ou não concentrar. Na Europa não concentra ninguém, e ninguém fala nada”, comentou o treinador.

Nesta pré-temporada, durante o período de treinamentos e exames, os jogadores chegaram a passar alguns dias na Cidade do Galo, mas sem que a comissão técnica voltasse a adotar o sistema de concentração. No ano passado, mesmo liberados, alguns jogadores como Jemerson e Lucas Pratto optaram pela concentração no hotel do CT antes de alguns jogos. No entanto, a opinião geral do grupo é que o fim do confinamento teve um saldo muito positivo para os atletas.

“O futebol está evoluindo neste sentido também. Todos os atletas são profissionais. Com o calendário apertado, ficar próximo da família também ajuda a recuperar, estar perto de quem você gosta, isso faz com que seu rendimento possa aumentar no dia a dia. Quando você fica preso 15 dias direto a mente fica cheia, vai estressando e o rendimento baixando. Está sendo um método bastante eficaz, todo mundo aproveitando”, disse o capitão e ‘porta-voz’ Leonardo Silva.

“Isso ainda vai ser determinado pela comissão técnica e diretoria. A concentração serve para descanso, mas você fazendo isso em casa, com profissionalismo, também da certo. Conquistamos títulos assim, não tivemos nenhum problema, teve um resultado positivo. Se vai ser mantido ou não, ainda vai ser passado. Os dois lados a gente já sabe, mas a gente prefere sem concentração”, completou Léo.