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Grêmio prega disciplina financeira e sonha com superávit de R$ 1,3 mi

Negociação para compra do direito de superfície da Arena também pode ajudar as contas - Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação
Negociação para compra do direito de superfície da Arena também pode ajudar as contas Imagem: Wesley Santos/Drone Service Brasil/Divulgação

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

27/01/2016 06h00

A política de austeridade financeira já poderá ter reflexo nas contas do Grêmio em dezembro. Com orçamento de R$ 221 milhões para esta temporada, o clube gaúcho trabalha com uma projeção de superávit no final de 2016. Para chegar lá, o tricolor terá de resistir às tentações – como reforços caros, por exemplo. A palavra de ordem é disciplina.

Segundo dados apresentados pela diretoria, em encontro com jornalistas no CT Luiz Carvalho, um dos cenários financeiros projetados para o final do ano é de superávit de R$ 1,3 milhão.

O rigor empregado nas negociações do ano passado, e nas tratativas atuais, é visto como fundamental para que as contas não voltem a disparar. A projeção orçamentária também foi radical, segundo o clube.

“O nosso orçamento para este ano é extremamente conservador, não prevê nenhum tipo de premiação da Libertadores, por exemplo. Mas foi feito assim para auxiliar no controle”, disse Romildo Bolzan Jr., presidente do Grêmio.

Com folha salarial estipulada em R$ 6 milhões, o Grêmio afirma que ainda não tem o elenco principal fechado. A ideia dos dirigentes é liberar atletas que recebem alto salário e não estão nos planos – como Werley e Braian Rodríguez. Assim, também sobra fôlego para se reforçar.

“É preciso disciplina, até o final de 2016 o clube estará saneado se esta política for mantida. Em dezembro talvez já tenhamos um pequeno resultado, um superávit mínimo”, comentou Bolzan Jr.

Um dos pontos que atrapalha as contas do Grêmio está ligado ao seu estádio. Com as negociações para compra do direito de superfície da Arena estagnadas, o tricolor segue sem obter as receitas de bilheteria. E ainda precisa pagar mensalmente um valor para liberar o acesso dos sócios no local.

"A negociação estacionou, mas o Grêmio está atento a tudo que envolve este tema. É uma operação que custará ao clube, mas é a única forma de gerar receita nova para os cofres do clube. Atualmente, pagamos para jogar lá. Pagamos R$ 1,5 milhão", afirmou o presidente do clube.

O Grêmio, contudo, ainda segue atrás de reforços Josef Martinez, do Torino-ITA, é um dos nomes na mira. O time italiano exige pagamento pelo empréstimo.