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Ex-chefe da Conmebol quer prisão longa para não ser extraditado, diz jornal

Ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo está preso no Uruguai - Alan Diaz/AP Photo
Ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo está preso no Uruguai Imagem: Alan Diaz/AP Photo

Do UOL, em São Paulo

02/02/2016 13h22

"Quanto mais grave a pena, melhor". É assim que o jornal uruguaio El Observador define a situação de Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol que está preso em Montevidéu por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a imprensa local, o dirigente busca uma condenação longa para cumprir prisão domiciliar em seu próprio país e evitar ser extraditado aos Estados Unidos.

A razão é que a Justiça dos EUA requisitou que Figueredo seja enviado ao país norte-americano para responder por crimes depois de cumprir sua pena no Uruguai.

Por isso, o ex-chefe da Conmebol, de 83 anos, busca a prisão domiciliar. Segundo o jornal El País, o dirigente chegou a propor à Justiça uruguaia entregar todos os seus bens em troca do benefício, ficando com apenas um imóvel no qual cumpriria a pena.

A lei uruguaia prevê uma pena mínima de dois anos e uma máxima de 15 anos por lavagem de dinheiro. À Justiça, Figueredo confessou receber subornos de empresas de marketing esportivo, "recorrendo a estratagemas e fraudes, em prejuízo dos clubes uruguaios e futebolistas profissionais", para "manter o status quo, evitando que se apresentassem empresas concorrentes".

Na visão do El País, o acordo de prisão domiciliar beneficiaria o dirigente. "Que valor moral ou jurídico pode ter então a confissão de Figueredo, quando ele já não busca saciar sua cobiça, mas sim evitar a prisão em uma cadeia dos Estados Unidos?", questionou a publicação.