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Guerrero rompe silêncio de quatro meses e desabafa após fim de jejum no Fla

Paolo Guerrero concede entrevista coletiva na Gávea após quatro meses em silêncio - Gilvan de Souza/ Flamengo
Paolo Guerrero concede entrevista coletiva na Gávea após quatro meses em silêncio Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/02/2016 12h25

Paolo Guerrero rompeu o silêncio que já durava quatro meses. Depois de findar o jejum de 157 dias e marcar três gols nos dois últimos jogos, o camisa 9 do Flamengo falou com a imprensa nesta terça-feira (2) na Gávea. O atacante desabafou sobre o momento difícil e deixou claro que a modernização do departamento de futebol, algo que cobrou algumas vezes internamente, acabou sendo fundamental para o fim da má fase.

“Foi duro ficar cinco meses sem fazer gol. Muito difícil mesmo. Eu me cobro bastante e trabalho para dar certo. Se não estava fazendo gols, acho que tinha uma razão. Comecei bem e tem a ver com a seriedade no trabalho, a preparação que o Flamengo fez agora”, afirmou.

“Me encontrei com o gol e na pré-temporada já percebi que era um trabalho melhor do que no ano passado. A preparação foi muito diferente. O Flamengo se modernizou, adotou a tecnologia e melhorou para todo mundo. Isso está sendo visto no desempenho do time. É lógico que ainda falta entrosamento e pegar o jeito que o Muricy quer”, completou.

Guerrero finaliza no ângulo e faz um golaço contra o Boavista

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O desabafo de Guerrero tem fundamento. Em 2015, o peruano sofreu uma grave lesão no tornozelo direito e jogou até o final da temporada com incômodo no local. O atacante compartilhou com pessoas próximas a falta de confiança para entrar em campo. Conviver com a dor se tornou comum e foi necessário realizar infiltração para atuar. Ele jamais esteve 100% depois do problema e recuperá-lo era a principal meta da comissão técnica.

Foi neste período que Guerrero esteve em dúvida sobre a sequência no Flamengo. Pressionado pela torcida e tendo de lidar com as críticas, o peruano ficou nas cordas. Acreditava-se nos bastidores que deixaria o clube em caso de uma proposta consistente, mas optou por recomeçar.

“O tornozelo está bem. Ainda faço imobilização e estou livre da lesão. Fui muito bem na pré-temporada e a preparação tem peso importante nisso. Quero fazer o melhor apesar dos questionamentos. Me concentro no desempenho em campo. Quero começar e terminar bem a temporada. O Flamengo precisa pensar em brigar por títulos. Temos que chegar lá em cima, não em terceiro lugar, quarto, nada disso”, encerrou.