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Jogador do Huracán revela momentos de tensão em acidente com ônibus do time

Ônibus do Huracán capota no caminho para o aeroporto na Venezuela - Twitter/Reprodução
Ônibus do Huracán capota no caminho para o aeroporto na Venezuela Imagem: Twitter/Reprodução

Do UOL, em São Paulo

13/02/2016 12h30

Patricio Toranzo, jogador do Huracán, revelou como foram os momentos de tensão dos atletas de sua equipe que sofreram um acidente na Venezuela, horas após garantir a vaga na fase de grupos da Libertadores. O ônibus que levava o time ao aeroporto perdeu os freios e capotou na última quarta-feira (10), no caminho para o aeroporto.

Por meio de uma carta no Twitter, o atleta aproveitou o momento de recuperação após passar por uma cirurgia no pé para agradecer aos que lhe deram apoio e revelar a aflição do grupo, que eliminou o Caracas com gol nos momentos finais da partida. 

Segundo ele, não havia cinto de segurança nos bancos. Ele ainda relatou o desespero do grupo ao perceber que o ônibus estava sem freio 

Confira a carta na íntegra:

Bom dia para todos. Não tenho palavras para agradecer todo o apoio de jogadores locais, os que estão fora e dirigentes, assim como toda a torcida e os argentinos que sempre quiseram saber como estávamos. O agradecimento a vocês é eterno e, sem dúvida, para toda a minha família, que esteve muito preocupada pela minha situação. Eles não sabiam exatamente o que havia passado. Eles me deram a força necessária para poder seguir adiante e não deixa-los caminhando sozinho pela vida, especialmente meus filhos, tanto Franco como a Giuliana.

O que vivemos no momento do acidente é que ficamos sem freio e foi algo muito difícil para todo o time. Não sabíamos onde íamos parar. Teve grito de desespero, muita angustia e todos ficaram desesperados para colocar o cinto de segurança, que não existiam. Mas a imagem que me fica quando o ônibus fica virado no chão é de todos querendo se ajudar. Eu fui um dos primeiros a sair do ônibus, em pé, mas em condições ruins. A primeira pessoa que vejo é o Diego Mendonza. A gente se olhou, queria nos ajudar, mas estávamos em condições que não nos permitiam isso. Uma verdadeira tristeza, mas com uma sensação que foi tudo bem pelo o que passamos.

Por último, para esse Huracán de todos, nós passamos muitas coisas no esporte. Alegrias e tristezas. Passamos por muitos obstáculos para conseguir coisas importantes, mas, sem dúvida, essa foi a maior barreira deste grupo. Graças a Deus, mais uma vez pudemos passar por um obstáculo e fico sem palavras para dizer algo. Agradeço a todos os que estiveram presentes, uma vez mais.