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M. Bastos nega ser chefe de 'panela' no SP e explica divergência com Lugano

AP Photo/Andre Penner
Imagem: AP Photo/Andre Penner

Do UOL, em São Paulo

20/02/2016 15h09

O meio-campo Michel Bastos usou o seu perfil no Instagram para negar que seja chefe de qualquer tipo de 'panela' no São Paulo, mas confirmou que boa parte do grupo tricolor teve divergência com Lugano por uma decisão tomada após a derrota para o The Strongest, por 1 a 0, no Pacaembu. Ele, entretanto, afirmou não ter qualquer tipo de rivalidade pessoal com o uruguaio.

O jogador resolveu vir a público pois afirma ter demonstrado incômodo com o que tem sido falado a seu respeito. Michel nega ter sido o idealizador de uma greve de silêncio feita pelos atletas, por conta do atraso de salários e premiação ao elenco tricolor. Essa decisão dos jogadores, inclusive, foi o que provocou a divergência com Lugano. O uruguaio resolveu falar com a imprensa após a partida, enquanto Michel e outros atletas mantiveram o pacto feito no vestiário. 

"Iria me pronunciar apenas na hora certa sobre tudo o que tem sido falado nos últimos dias, mas, como estou sendo alvo de inúmeras acusações e especulações que não são verdadeiras, prefiro esclarecer logo o que tem acontecido para que isso não tome uma proporção maior. Em primeiro lugar, eu não fui o idealizador de movimento nenhum dentro do São Paulo e nunca fiz uso da minha posição de capitão para colocar meus companheiros contra a diretoria ou quem quer que seja. A questão do pacto de silêncio foi algo decidido pelo GRUPO, sem nenhuma liderança específica. Como capitão, achei que tinha o dever de tomar a posição que a maioria acreditava ser a certa e foi isso o que fiz. Teria falado se não houvesse esse comprometimento, como aconteceu quando estive na coletiva no dia seguinte da derrota para o Corinthians, sem ter recebido nenhum elogio e reconhecimento por isso", escreveu.

"Seguindo na linha de desmentir algumas coisas que estão sendo faladas, não tenho nenhum tipo de rivalidade pessoal com o Lugano, muito menos sou chefe de 'panela' dentro do São Paulo. O que houve foi uma divergência de opiniões dele em relação ao que o GRUPO, não o Michel Bastos, decidiu, mas isso foi um assunto que tratamos internamente, assim como estamos tratando a questão dos salários", prosseguiu.

O jogador, que foi xingado pela torcida após a derrota para o The Strongest por 1 a 0 na noite de última quarta-feira, mostrou-se bastante incomodado com as críticas que vem recebendo. Ele foi chamado de "erva daninha" por Rodrigo Gaspar, assessor da presidência. A postura do dirigente, que depois se redimiu e foi ao Twitter para pedir desculpas aos jogadores, desagradou o grupo tricolor e dificultou ainda mais o clima entre diretoria e atletas.

"Algo que também tem me incomodado é estarem insinuando que estou jogando de má vontade. Por mais que alguns estejam fazendo um esforço enorme para tentar mostrar o contrário, não sou mau caráter ao ponto de descontar no torcedor qualquer tipo de insatisfação que eu venha a ter. Isso seria ir contra as milhares de pessoas que abrem mão do pouco que tem para ir aos jogos prestigiar o São Paulo e essa atitude não faz parte da minha índole. Se as críticas tiverem que recair somente sobre mim para que meus companheiros tenham mais tranquilidade para trabalhar, não tem problema. Só não vou tolerar mentiras e as coisas que eu vejo que são ditas apenas para me colocar contra o torcedor. Dito tudo isso, eu acho que agora é a hora de nos fecharmos ainda mais, de buscar solucionar os problemas aqui dentro, para que o São Paulo volte a conquistar resultados do tamanho de sua grandeza", completou em sua postagem.

Michel Bastos não foi relacionado para o duelo entre São Paulo e Rio Claro, neste domingo, no Pacaembu, às 17h. Lugano fará sua reestreia pelo clube.

 

Iria me pronunciar apenas na hora certa sobre tudo o que tem sido falado nos últimos dias, mas, como estou sendo alvo de inúmeras acusações e especulações que não são verdadeiras, prefiro esclarecer logo o que tem acontecido para que isso não tome uma proporção maior. Em primeiro lugar, eu não fui o idealizador de movimento nenhum dentro do São Paulo e nunca fiz uso da minha posição de capitão para colocar meus companheiros contra a diretoria ou quem quer que seja. A questão do pacto de silêncio foi algo decidido pelo GRUPO, sem nenhuma liderança específica. Como capitão, achei que tinha o dever de tomar a posição que a maioria acreditava ser a certa e foi isso o que fiz. Teria falado se não houvesse esse comprometimento, como aconteceu quando estive na coletiva no dia seguinte da derrota para o Corinthians, sem ter recebido nenhum elogio e reconhecimento por isso. Seguindo na linha de desmentir algumas coisas que estão sendo faladas, não tenho nenhum tipo de rivalidade pessoal com o Lugano, muito menos sou chefe de "panela" dentro do São Paulo. O que houve foi uma divergência de opiniões dele em relação ao que o GRUPO, não o Michel Bastos, decidiu, mas isso foi um assunto que tratamos internamente, assim como estamos tratando a questão dos salários. Algo que também tem me incomodado é estarem insinuando que estou jogando de má vontade. Por mais que alguns estejam fazendo um esforço enorme para tentar mostrar o contrário, não sou mau caráter ao ponto de descontar no torcedor qualquer tipo de insatisfação que eu venha a ter. Isso seria ir contra as milhares de pessoas que abrem mão do pouco que tem para ir aos jogos prestigiar o São Paulo e essa atitude não faz parte da minha índole. Se as críticas tiverem que recair somente sobre mim para que meus companheiros tenham mais tranquilidade para trabalhar, não tem problema. Só não vou tolerar mentiras e as coisas que eu vejo que são ditas apenas para me colocar contra o torcedor. Dito tudo isso, eu acho que agora é a hora de nos fecharmos ainda mais, de buscar solucionar os problemas aqui dentro, para que o São Paulo volte a conquistar resultados do tamanho de sua grandeza. @saopaulofc

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