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Jornal: Fifa acredita que taça Jules Rimet não foi derretida e fará buscas

Taça Jules Rimet foi roubada na sede da CBF em 1983 e segue desaparecida - Arquivo Folhapress
Taça Jules Rimet foi roubada na sede da CBF em 1983 e segue desaparecida Imagem: Arquivo Folhapress

Do UOL, em São Paulo

06/03/2016 10h07

A Fifa desenvolverá um projeto que tem como missão encontrar a taça Jules Rimet, que sumiu na década de 80, no Brasil. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, o curador do museu da Fifa, Guy Oliver, acredita que o troféu não foi derretido e levantará possíveis caminhos da taça.

A taça foi roubada em dezembro de 1983, na sede da CBF. A Jules Rimet havia sido entregue em definitivo à seleção brasileira após a conquista do terceiro título da Copa do Mundo, em 1970.   

“Não estamos certos de que, após seu roubo, ele tenha sido derretido, como foi dito”. “Vamos reconstruir sua história. Se a encontrarmos, será o prêmio máximo”, disse Oliver.

Para descobrir o paradeiro da taça, o curador do museu da Fifa reunirá historiadores, jornalistas e especialistas para ajudar na caça. Guy Oliver informa que delatores poderão ser “premiados”.

Oliver disse que a história do roubo é cercada por informações desencontradas, que levam a crer que a taça possa estar intacta.

O roubo

A taça Jules Rimet estava em exposição na sala de troféus na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Rio de Janeiro, protegida por uma caixa feita de vidro à prova de bala e pendurada na parede por uma moldura de madeira, que foi arrombada por invasores.

Ironicamente, uma réplica do troféu era mantida num cofre, enquanto a original era exposta.

O roubo foi planejado por Sérgio Peralta, representante do Atlético-MG na CBF e que tinha grande conhecimento do prédio, e realizado por dois comparsas.

Chico Barbudo e Luiz Bigode renderam o vigia para assaltar o prédio e levar a taça, que teria sido derretida por um comerciante de ouro argentino.

Além da Jules, outros três troféus também foram roubados.

Quatro dos envolvidos foram condenados em 1988 mas passaram poucos anos presos.

Atualmente, uma réplica da Jules Rimet, criada após o roubo, é mantida pela CBF no Rio.

Desde a Copa de 1974, o campeão mundial ergue a Taça Fifa, criada pelo artista italiano Silvio Gazzaniga. Seu projeto venceu concorrência contra outras 53 propostas enviadas por designers de sete países.

Ao contrário do que ocorreu com a Jules Rimet, nenhum campeão mundial receberá a posse definitiva do troféu. Os países que conquistam três vezes a taça recebem uma réplica do objeto.