Clubes do Rio deixam de ganhar mais de R$ 93 mi com escassez de patrocínios
O início de ano para os quatro clubes grandes do Rio de Janeiro tem sido de perdas financeiras. Com escassez de patrocinadores, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco estão deixando de ganhar, num somatório geral entre eles, mais de R$ 93 milhões devido a rescisões e saídas de parceiros.
Uma das grandes "responsáveis" pelo déficit aos cariocas foi a empresa de bebidas Viton 44, que pagou R$ 20 milhões ao Rubro-Negro ano passado e não renovou contrato, e que nesta semana chegou a um acordo para a rescisão dos vínculos com o Cruzmaltino e o Tricolor.
Em 2015, por exemplo, ela se comprometeu a desembolsar R$ 7 milhões aos vascaínos e R$ 12 milhões ao clube das Laranjeiras, mas como não estava conseguindo honrar seus compromissos, pagará as dívidas de maneiras parcelada. Pelos contratos anteriormente firmados, a Viton 44 ainda pagaria mais R$ 11 milhões ao Vasco e R$ 24 milhões ao Fluminense em 2016.
Sem abrir mão de receber ao menos o que ganhou ano passado, o Cruzmaltino ainda perderá seu patrocinador master, a Caixa Econômica Federal, que pagou na temporada anterior R$ 15 milhões e que para renovar agora ofereceu praticamente a metade, algo que causou revolta em São Januário. Sem as parcerias recentes, o clube de São Januário se juntará ao Botafogo no grupo que integra os “camisas limpas”, ou seja, que não terão marcas para exibir nos uniformes.
O Alvinegro, aliás, vive uma situação delicada. Desde o ano passado ele não consegue firmar um parceiro fixo e tem sobrevivido com patrocínios pontuais. De acordo com o vice de marketing Márcio Padilha, em última reunião do Conselho Deliberativo, o clube apresentou propostas para 109 empresas e todas recusaram.
Ainda em 2015, a Jeep, que pagou R$ 4,5 milhões, deixou de patrocinar o Flamengo, e a TIM, que desembolsou R$ 2,5 milhões, saiu do Vasco.
Atualmente, o Rubro-Negro segue com a Caixa Econômica Federal, tendo seu contrato renovado por R$ 25 milhões pela temporada, e a TIM, que paga R$ 2,5 milhões/ano.
Já o Fluminense tem a Frescatto, que desembolsa R$ 4 milhões/ano, e a Voxx, que paga R$ 720 mil/ ano.
Fornecedores de material vão na contramão
Na contramão dos patrocinadores estão os fornecedores de material esportivo. Recentemente, Botafogo e Fluminense receberam suas melhores propostas da história no setor e acertaram a troca de empresas.
A Topper assume o lugar da Puma no Alvinegro e pode pagar até R$ 40 milhões por um contrato de três anos. Já a DryWorld substitui a Adidas no Tricolor e em cinco anos pode pagar até R$ 110 milhões.
No fim de 2014 o Vasco acertou com a Umbro por três anos e pode arrecadar até R$ 56 milhões. Já o Flamengo, entre luvas, royaltes e outras questões, recebe R$ 37, 5 milhões por ano da Adidas num contrato de dez temporadas, sendo que a partir do sexto ano este o valor vai para R$ 41 milhões.
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