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Dois últimos presidentes do Barça deixam de ser réus em "Caso Neymar"

REUTERS/Albert Gea
Imagem: REUTERS/Albert Gea

Do UOL, em São Paulo

10/03/2016 17h35

O Barcelona e seus dois últimos presidentes, Josep Maria Bartomeu (o atual) e o Sandro Rosell (o ex-mandatário) deixaram de ser réus no "Caso Neymar". Nesta quinta-feira (10), o Tribunal de Barcelona, informou o clube, aceitou recurso contra abertura de julgamento contras as partes, pedido pelo juiz Pablo Ruz, na Corte Nacional, em Madri. 

A decisão marca segunda vitória do clube e dos cartolas no processo - a primeira havia sido a transferência do processo da capital espanhola para Barcelona. Na prática, ela invalida as decisões do tribunal de Madri. Agora cabe à acusação e à defesa reformularem o caso, mas desta vez dentro das limitações da jurisdição de Barcelona. 

No processo, investiga-se a denúncia do fundo DIS, que diz ser dono de 40% dos direitos federativos do craque revelado pelo Santos e alega não ter embolsado o dinheiro correspondente. Na acusação, diz ainda que lhe foi informado que a transferência custou 17 milhões de euros, e não 83 milhões. 

Ainda assim, Bartomeu e Rosell terão de dar explicações à Justiça brasileira, que os convocou a apresentarem contrarrazões em um recurso do Ministério Público Federal, que visa abrir processo por crime tributário contra os espanhóis, o atacante Neymar e seu pai, Neymar da Silva Santos. 

Os dirigentes do Barcelona estariam envolvidos no caso investigado no Brasil porque teriam feito uma simulação de empréstimo entre o Barcelona e a empresa N&N Consultoria Esportiva e Empresarial (do pai do jogador), em 2011, no valor de 10 milhões de euros.

"O acordo, que posteriormente se revelou um adiantamento para a compra do jogador, foi o artifício usado para que o Santos Futebol Clube e o grupo de investimento DIS, detentores de parte dos direitos federativos de Neymar, não recebessem suas parcelas da transação. Além disso, o 'empréstimo' permitiu que as partes firmassem a transferência do atleta, embora, naquele momento, esse acerto fosse proibido por regras da Fifa", explica nota oficial do MPF.