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Filho de Lula, Klar e mais 8 parcerias corintianas que viraram frustrações

Apresentada no fim do ano, Klar deixou Corinthians sem render um real - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Apresentada no fim do ano, Klar deixou Corinthians sem render um real Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

15/03/2016 06h00

A parceria entre Corinthians e a empresa Klar, patrocinadora que deixou o clube sem render um real recentemente, não é a única que se transformou em frustração. Nos últimos cinco anos, foram pelo menos dez acordos que terminaram sem cumprir o que se esperava. 

A lista possui desde clubes utilizados para a cessão de jovens jogadores até patrocínios que viraram calote. Um dos temas de grande repercussão nos últimos tempos foi a passagem enigmática do filho do ex-presidente Lula pelo marketing corintiano. Confira abaixo:

KLAR

Caso mais recente, a Klar deixou as propriedades do Corinthians semanas após ser anunciada sem deixar um real ao clube. A marca esteve, inclusive, na camisa contra o Avaí. Segundo o que havia sido firmado, os valores da parceria seriam incrementados de acordo com os rendimentos da marca novata. Mas, por ora, nenhum produto foi lançado. 

TIGRES DO BRASIL

Anunciada pelo Corinthians em outubro, a parceria que visa ceder jogadores jovens ao clube carioca para adquirirem experiência não decolou. O Tigres tem a segunda pior campanha do Estadual do Rio, com uma vitória em oito partidas. O treinador Marcelo Cabo pediu demissão do cargo ainda em fevereiro. Os sócios do Tigres são os mesmos da Klar (ver acima), o que também estremeceu a parceria. Recentemente, a direção corintiana enviou por empréstimo um de seus jogadores promissores, o atacante Gabriel Vasconcelos, a outro clube do Rio, o América-RJ. 

BRAGANTINO

Primeira parceria da gestão Roberto de Andrade, tinha exatamente o mesmo objetivo do Tigres e durou três meses. Jogadores jovens foram enviados pelo Corinthians, assim como o treinador Osmar Loss - a folha salarial do clube de Bragança seria repartida com os corintianos, mas o contrato nem chegou a ser assinado. O presidente Marcos Chedid demitiu Loss sem sequer avisar Roberto, e as partes concordaram em retomar o que era uma boa relação. Já rendeu jogadores interessantes como Paulinho, Romarinho e Felipe, e outros nem tanto como Bill, Diego Macedo e mais recentemente Douglas e Alan Mineiro. 

OMNI

Neste caso, a relação com o Corinthians é de longa data e vem desde a era Dualib. Inicialmente, a empresa era responsável por catracas eletrônicas no Parque São Jorge. Depois, se tornou a gestora do programa Fiel Torcedor e responsável pelas operações da Arena Corinthians ao longo das administrações Andrés Sanchez e Mário Gobbi. Aos conselheiros, Roberto de Andrade já admitiu que os contratos com a Omni são ruins para o clube. Ele buscou mudanças no acordo, mas essa alternativa é rejeitada desde 2014

SPR

Empresa gestora das lojas oficiais do clube, a SPR se tornou inimiga de uma série de franqueados, que já foram à justiça. Dezenas de sedes da Todo Poderoso Timão passaram por fechamento em massa. A exemplo da Omni, o presidente Roberto de Andrade admitiu a conselheiros que o contrato firmado pelo antecessor Mário Gobbi era ruim para o Corinthians. Mesmo assim, a SPR é parceira da Nike na loja oficial em Itaquera. 

FILHO DE LULA

Depois de ser contratado para ser auxiliar de Mano Menezes, Luis Cláudio, filho do ex-presidente Lula, foi colocado no marketing do Corinthians para encontrar parcerias para o futebol americano e amador. Ele custou aproximadamente R$ 500 mil ao clube, mas não entregou resultados, de acordo com Luís Paulo Rosenberg, ex-diretor de marketing. O tema recentemente voltou à tona e foi esclarecido pelo ex-presidente Andrés Sanchez ao Conselho Deliberativo. 

DIVERTI ARENA

Inicialmente responsável pela gestão dos estabelecimentos de alimentação da Arena, a empresa Diverti prometeu render cerca de R$ 40 milhões ao estádio por um acordo de longa duração, mas saiu no início do contrato que alegou ser incapaz de cumprir. Um dos sócios do grupo, com grande "know how" no ramo e responsável pelo Bar Brahma, é tio do ex-corintiano Marquinhos, hoje no PSG. 

ZIZAO

O próprio Corinthians à época explicou a inusitada contratação do jogador chinês como uma investida para ingressar no mercado asiático. A ideia do ex-vice presidente Luís Paulo Rosenberg não surtiu efeito de nenhuma forma. O desempenho dele foi decepcionante e não houve avanços significativos do ponto de vista de marketing. Curiosamente, a China se tornou "vilã" de torcedores por levar quatro campeões brasileiros no início deste ano. 

APITO PROMOCIONAL

Criada para vender títulos de capitalização para o Mundial de Clubes 2012, a empresa não pagou o patrocínio ao Corinthians e ainda se transformou em problema jurídico. A Apito Promocional decretou falência ainda naquele ano.  

XAXÁ PRODUÇÕES

A empresa acordou o pagamento de R$ 1,5 milhão para que o Corinthians levasse partida contra o Vitória para Campo Grande. Mas, com alegação de que o jogo foi deficitário, não pagou o clube. O histórico da empresa já era complicado, e o Ceará chegou a sofrer calote semelhante.

CAIXA, A PARCERIA QUE DEU CERTO

O banco é exemplo de parceria que deu resultado. Chegou ao clube próximo do Mundial de Clubes de 2012 e permaneceu por pouco mais de três anos. Considerado sucesso pela Caixa, foi estendido a uma série de clubes brasileiros desde então. O marketing do Corinthians vê na sinergia e no relacionamento entre as marcas um exemplo para parcerias de patrocínio.