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Caixa marca nova reunião e indica ao Corinthians que pode aumentar proposta

Corinthians completou um mês sem principal patrocínio. Contrato com a Caixa acabou - AFP PHOTO / Nelson ALMEIDA
Corinthians completou um mês sem principal patrocínio. Contrato com a Caixa acabou Imagem: AFP PHOTO / Nelson ALMEIDA

Dassler Marques

Do UOL, em Brasília

25/03/2016 10h42

Para o Corinthians, os últimos dias mostraram que pode haver uma reviravolta nas negociações com a Caixa Econômica Federal.

Na próxima quinta-feira (31), o superintendente de marketing corintiano Gustavo Herbetta tem encontro marcado com executivos do banco em Brasília. Há indicativos de que a Caixa estaria disposta a melhorar as ofertas já apresentadas ao clube para seguir na camisa do atual campeão brasileiro pela quinta temporada consecutiva.

É bem possível que a discussão passe não apenas por valores, mas sim pelas propriedades que possam compor um novo acordo. Até 2015, a Caixa pagava R$ 30 milhões ao Corinthians para expor sua marca no peito e nas costas da camisa. Além disso, tinha direito a placas e outros espaços no centro de treinamento, ingressos para partidas na Arena e a uma carga de camisas oficiais, entre outros brindes previstos em contrato.

Na avaliação do Corinthians, a manutenção de um acordo nos mesmos moldes para 2016 requer o pagamento de aproximadamente R$ 37 milhões, um valor que a Caixa já mostrou não estar disposta a investir. Por isso, as partes devem tratar sobre um tipo de acordo distinto, que permita à direção corintiana manter os números do último contrato e em que o banco abra mão de espaços na camisa.

A propriedade localizada às costas e que pertencia à Caixa é estimada em R$ 12 milhões pelo Corinthians. Já a barra da camisa (na linha da cintura, à frente) pode ser vendida por R$ 6 milhões - no acordo feito com o banco em 2015, esse espaço tinha comercialização proibida pelo parceiro.

No fim das contas, o que o Corinthians espera é conseguir aumentar o valor total do patrocínio de seu uniforme, mas vale lembrar que o clube encontra dificuldades no mercado: a segunda propriedade da camisa, a manga, também estimada em R$ 12 milhões, está em branco desde 2014.

Apesar das negociações com a Caixa, o Corinthians mantém a posição de que há tratativas em estágio avançado com outra marca para o espaço mais nobre da camisa.