Caos político deixa CBF perdida sobre técnico e irrita dupla Dunga e Gilmar
Um momento de fraqueza política extrema, ausência de comando e diversos núcleos tentando protagonismo e aumento de poder. A falta de centralização na CBF sem a gestão oficial de Marco Polo Del Nero tem pouca transparência e clareza em quais são os reais desejos e atitudes da entidade, principalmente em relação ao futuro do comando técnico da seleção brasileira.
Atualmente, com Del Nero oficialmente afastado, fica a cargo de Coronel Nunes a assinatura oficial que determina qualquer decisão. O atual presidente em exercício, no entanto, jamais tomará uma atitude e apenas refenderá a decisão de outros. Já até assinou documentos sem ter conhecimento.
Em resumo, não há ninguém com força o suficiente para demitir Dunga. Tampouco com respaldo para buscar um novo substituto.
Dentro desse contexto, os mais influentes são Walter Feldman, secretário geral, e Rogério Caboclo, diretor executivo e financeiro. E, entre eles, não há sintonia sobre que caminho tomar em relação à permanência ou possível troca tanto do técnico Dunga como do coordenador Gilmar Rinaldi. Marco Polo, que é quem realmente pode decidir algo, tem relegado a questão a segundo plano, já que seu foco agora é a defesa dos casos de corrupção do qual é suspeito.
O que existe por parte dele até agora é uma sinalização para a dupla de que está descontente com os resultados e que a Copa América pode ser o fim da linha. Pelo menos até lá, no entanto, eles parecem estar seguros de continuidade de trabalho. Não à toa, todo o planejamento da dupla para a competição tem sido mantido.
Assim, os presidentes de federações, empresários e executivos do futebol têm tentado crescer e influenciar os mais fortes sobre seus diferentes pensamentos e ideias quanto ao posto de técnico, sem uma unanimidade sobre a permanência de Dunga ou a troca por qualquer outro nome. Eles tentam agir como pessoas influentes na decisão com palpites sobre trocar, sondagem a empresários, etc, mas, de fato, esse tipo de ação tem uma capacidade de mudança quase nula.
Tite, hoje no Corinthians, e nome de maior clamor no país, não foi procurado oficialmente até agora por nenhum dos braços fortes da CBF. No entanto, algumas das pessoas próximas à entidade reforçam o lobby e insistem nas sondagens a profissionais ligados ao comandante corintiano, conforme divulgou inicialmente o site Globoesporte - informação confirmada pelo UOL.
A Confederação diz não ter dado poder a nenhum representante para negociar em seu nome. Também por isso, é possível afirmar que a CBF não teria um executivo que pudesse sair em busca de uma reposição.
Esse nome seria o de Rinaldi, que trabalha com o que chama de fogo-amigo. Em diversas entrevistas, admite que desconfia de pessoas de dentro da CBF querendo minar seu trabalho e, especialmente, o de Dunga.
Ele ainda afirma que é coordenador de seleções e exerce papel executivo, deixando claro que sua imagem não é, necessariamente, atrelada à de Dunga. Em eventual descontentamento, o treinador poderia ser trocado sem que Rinaldi também deixasse o cargo. E isso não está em pauta no momento.
"Esse monte de notícia, ao mesmo tempo, todas falando mal do nosso ambiente, não é por acaso. É fogo amigo. E sabemos que vamos precisar trabalhar com isso. Temos nomes disso e vamos atrás", disse Rinaldi.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.