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'Passo a canela nos jogadores', diz Cuca ao brincar sobre superstição

Cuca voltará a defender o Palmeiras no Palestra Itália nesta quinta-feira - Cesar Greco/Ag Palmeiras
Cuca voltará a defender o Palmeiras no Palestra Itália nesta quinta-feira Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Do UOL, em São Paulo

13/04/2016 12h00

Cuca deixou claro no dia em que chegou ao Palmeiras qual é a postura em relação às suas famosas superstições. Segundo o treinador, nem todas as histórias sobre o assunto são verdadeiras. Um mês depois, porém, o comandante, brincou com o tema ao falar sobre a experiência como meia-atacante do time alviverde, ainda no começo da década de 1990.

"Eu fazia muito gol decisivo. Passo a canela nos jogadores e falo: ‘Passa aqui que dá sorte (risos)’. Não preciso mais fazer gol, mas muita coisa do que eu fazia dentro do campo consigo buscar e transmitir aos jogadores", afirmou Cuca à Revista do Palmeiras deste mês, que é distribuída aos sócios Avanti.

Reza a lenda que o treinador prefere evitar o ônibus do clube dar marcha à ré quando chega aos estádios. No Atlético-MG, Cuca usou a mesma camisa em todos os jogos da campanha vitoriosa e repetiu a estratégia na China.

"Não, não tem nada disso. É palhaçada. É o Lúcio Flávio que falava. Ele que brincava. Falam de ré de ônibus, o ônibus dá ré toda hora. Falam de mesma cueca, mesma camisa, não tem nada! No Rio eu suava muito, falavam disso e daquilo." Eu sou católico, acredito muito em Deus e Nossa Senhora, não tem espaço para superstição. Gosto de entrar em campo, me benzer, beijar minha santinha, andar com a Nossa Senhora, com o broche dela, e só. Agora eu uso o broche da Nossa Senhora. É a mãe de Jesus. Nela que eu acredito e que confio", frisou o técnico.

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Imagem: Divulgação

O treinador marcou sete gols com a camisa da equipe alviverde, em um total de 24 jogos, entre setembro e dezembro de 1992. O mais importante foi marcado no Paulistão daquele ano, na vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, no Palestra Itália -- o empate levaria o Palmeiras à segunda fase da competição.

"O Bragantino era ‘touca’ nossa! Não ganhávamos deles. E ganhamos aquele no finalzinho", relembrou Cuca, que voltará a defender o Palmeiras em seu estádio nesta quinta-feira, contra o River Plate-URU, depois de 24 anos.

"Quem tem um caldeirão assim no Brasil? É raro. Uma torcida de massa como a gente tem, com um caldeirão daqueles, com um time bom, nós vamos passar bem! Mas todos precisam trabalhar juntos", frisou Cuca.

O técnico ainda pediu o apoio da torcida do Palmeiras mesmo nos lances ruins dos atletas. Para ele, a postura ajudará os jogadores jovens durante a partida -- o Palmeiras precisa vencer o River e ainda torcer por um triunfo do Nacional sobre o Rosario Central.

"Por que estou falando que o Palmeiras tem de ser unido? Porque o jogador, naquele caldeirão, se tiver cobrança, pressão, ele não anda! Deixem os guris errarem, com calma, uma ou outra vez, porque na próxima vão dar a vida. Vamos apoiar alguns errinhos, porque os jogadores são jovens. Com esse campo, com a torcida, com o time que temos e vai melhorar, vamos passar bem este ano", finalizou o treinador.