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Empresário de Robinho reprova ida para o Cruzeiro e pode ir à Justiça

Robinho em ação em treino do Palmeiras na Academia de Futebol - Cesar Greco/Ag Palmeiras
Robinho em ação em treino do Palmeiras na Academia de Futebol Imagem: Cesar Greco/Ag Palmeiras

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

28/04/2016 13h44

A saída de Robinho do Palmeiras para o Cruzeiro não foi aprovada por parte do staff do jogador. Luiz Alberto de Oliveira, dono da LA Sports, tem parte dos direitos econômicos do meio-campista e não foi consultado para que o negócio acontecesse.

Por causa disso, ele estuda reclamar até em vias judiciais contra o movimento do clube paulista. Segundo ele, o Coritiba também não gostou da atuação alviverde.

“A gente não foi consultado, não falaram com a gente para que o negócio acontecesse e isso não pode. Nem a gente e nem o Coritiba. Eles emprestaram o atleta até o fim de 2017 e ele vai voltar com 31 anos para o Palmeiras. Isso não existe”, disse Luiz Alberto ao UOL Esporte.

O Palmeiras tem 50% dos direitos econômicos do jogador. A outra metade ficou dividida entre Luiz Alberto, outro empresário e o Coritiba. Robinho renovou recentemente seu vínculo com a equipe paulista até 2018 e teve aumento salarial. "Falaram que renovaram para corrigir erro que teve com contratos antigos, com o Coritiba. Isso não existiu". 

Ao menos oficialmente, a transação não envolveu valores financeiros. Por não ter sido uma movimentação onerosa, que envolve dinheiro, o Palmeiras não precisaria consultar os envolvidos. O time paulista não se manifesta para casos jurídicos.

Luiz não crê na versão alviverde e diz que estuda o que fazer para que seus direitos sejam representados.

“Eles vão alegar que a transação não foi onerosa, mas a gente sabe que em troca de jogador sempre tem valor. Isso não é possível. Estamos vendo se cabe algo judicial neste caso”, completou o agente.

MUDANÇA DE PERFIL

A saída de Robinho teve dois motivos centrais. Dentro de campo, Cuca queria mudar o estilo de sua equipe, com jogadores mais altos e rápidos. Fora dele, havia um temor com a insatisfação do meio-campista por ser sempre substituído.

Ele deixou o time antes do apito final nos últimos sete jogos da equipe, de maneira consecutiva. A maioria deles, por volta dos 15 do segundo tempo. No Palmeiras, havia o temor de que ele não aceitasse uma possível condição de reserva. A situação é reconhecida por pessoas próximas ao atleta.