Com 3 técnicos em 10 meses, trabalho em longo prazo vira prioridade na Toca
Seja quem for, o novo treinador do Cruzeiro não será nenhuma aposta ou experiência da diretoria. Ainda sem conseguir fechar oficialmente com nenhum nome, a diretoria traça uma nova estratégia para não correr o risco de ter que interromper um novo trabalho em pouco tempo. Depois que três professores chegaram e deixaram a Toca da Raposa em menos de um ano, a prioridade dos cartolas é de trazer alguém para criar raízes no clube.
“O primeiro ponto é que a gente está tendo cuidado e cautela. O Cruzeiro teve quatro treinadores no último ano, algo que chama muita atenção. Estamos com muito cuidado, analisando bem isso, quem são os possíveis treinadores. Precisamos ter treinador e comissão que o clube, a torcida e os dirigentes abracem e que a gente dê a ele condições de conduzir o clube nos próximos anos. Evidentemente, é um modelo a ter sucesso. Trocas muito repetitivas trazem muito desgaste”, comentou o diretor de futebol, Thiago Scuro, em recente entrevista à Rádio Itatiaia, referindo-se a Marcelo Oliveira, Vanderlei Luxemburgo, Mano Menezes e Deivid, os últimos quatro treinadores que passaram pela Toca da Raposa.
O desgaste citado pelo dirigente começou após a saída de Marcelo Oliveira, em junho do ano passado. Seu sucessor Luxemburgo durou menos de três meses no cargo. Já Mano Menezes agradou demais e recuperou o bom futebol que havia meses não se via no clube, mas recebeu uma proposta irrecusável do Shandong Luneng (da China) e deixou o Cruzeiro no final do ano. Então, o bastão foi passado para o auxiliar técnico Deivid, efetivado no início deste ano e demitido na semana passada.
Buscando se firmar com o novo treinador, assim como fez recentemente com Marcelo Oliveira, que ficou dois anos e cinco meses, o desejo da diretoria é de assinar um contrato com o futuro comandante válido até dezembro de 2017. Se tudo der certo, a expectativa é de fechar com chave de ouro o mandato do atual presidente Gilvan de Pinho Tavares, que termina na mesma época.
“O desejo é que seja um treinador que venha com um contrato até o fim de 2017. É fazer um trabalho para um grande Campeonato Brasileiro este ano, para brigar em cima, que em 2017 seja ano de Libertadores e de muitas expectativas. Que a gente dê a esse profissional o suporte para que o Cruzeiro seja competitivo”, completou.
Após o não de Jorginho, o Cruzeiro volta a concentrar suas forças na contratação do novo comandante. Na próxima quinta-feira, o time mineiro faz seu primeiro jogo após a demissão de Deivid. Na partida de volta da Copa do Brasil, diante do Campinense, o auxiliar Geraldo Delamore é quem estará à beira do gramado para o jogo no Mineirão.
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