Pressão política, áudio e falta de títulos: A saída de executivo do Grêmio
A demissão de Rui Costa foi o primeiro passo das mudanças forçadas pela eliminação nas oitavas de final da Libertadores no Grêmio. O executivo era dono do posto há mais de três anos e sofria com pressão interna. Sem títulos e com a força da nova eliminação, a permanência foi impossível.
Rui contratou 48 jogadores em 41 meses de comando. Teve acertos, como Walace, Wendell, Alex Telles, Pedro Geromel, entre outros. E erros, como Maxi Rodríguez, Matías Rodríguez, André Santos, Cris e outros jogadores que a análise depende da opinião de cada um.
Mas algo que não é subjetivo era a pressão sofrida pelo executivo. Internamente, desde a primeira gestão em que ele ocupava o posto - de Fábio Koff - o cargo de Rui era alvo de cobranças. Internamente havia contestação e muitos pretendiam ocupar a vaga. Por anos os dirigentes foram fortes e mantiveram ele.
Contudo a última eliminação foi forte. Rui já havia visto o time cair na final do Gauchão com goleada, nas oitavas da Libertadores em duelos mais disputados, de outras diversas formas, mas cair na semifinal do Gauchão em casa e ser eliminado com derrota por 3 a 0 nas oitavas da Libertadores foi muito pesado.
Além disso, na última semana um áudio vazado do filho do ex-presidente Koff pedindo a demissão de Rui Costa tomou as redes sociais. Era a divulgação das vozes dos bastidores que mantinham-se caladas até então. A avaliação dos membros do comando do clube passaram a ser públicas e Rui não resistiu.
A falta de títulos segue pesando. Mesmo com duas goleadas contra o Internacional, o Grêmio não ergueu uma taça sequer com Rui no departamento de futebol. E isso também esteve presente na avaliação do trabalho.
Agora, o Grêmio abre a reformulação no elenco procurando um novo responsável pelo futebol. A escolha, mais do que prática, é também política. Quem assumir o posto - mesmo sendo um profissional do clube e remunerado - precisará lidar com cobranças que muitas vezes partem de membros da própria direção, sejam elas veladas ou diretas.
Enquanto isso, o técnico Roger Machado terá 10 dias para organizar o elenco visando o Campeonato Brasileiro e as competições do segundo semestre.
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