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Três zagueiros já foram oferecidos ao Grêmio. Por que foram recusados?

Zambrano (E) foi oferecido ao Grêmio, que não tem interesse na contratação - FREDRIK VON ERICHSEN/EFE
Zambrano (E) foi oferecido ao Grêmio, que não tem interesse na contratação Imagem: FREDRIK VON ERICHSEN/EFE

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

12/05/2016 06h00

Ao fim do ano passado, o Grêmio tinha uma certeza: sua defesa era base para boa condição do time. Com a segunda menor marca de gols sofridos no Brasileirão, o Tricolor apostava na sequência independentemente das trocas previstas com as saídas de Galhardo e Erazo. Mas não demorou para o setor virar o principal problema da equipe. Tanto que após fracassos repetidos no primeiro semestre, é a zaga que encabeça a reformulação. 

A reportagem do UOL Esporte apurou que três nomes foram oferecidos ao comando do Tricolor. O peruano Zambrano, do Entriacht Frankfurt, da Alemanha, Dedé, do Cruzeiro, e Leandro Almeida, que deve deixar o Palmeiras. Mas nenhum deles está na mira do novo comando de futebol gremista. 
 
Dedé, por exemplo, está lesionado e demoraria praticamente um mês para conseguir jogar. Zambrano teria o problema da abertura da janela de transferências internacionais e só poderia atuar a partir da nona rodada do Brasileiro. E Almeida é considerado semelhante aos disponíveis no elenco. 
 
Mas as negativas não significam acomodação. Tão logo assumiu o comando de futebol, Alberto Guerra negocia a contratação de um zagueiro para ser colega de Pedro Geromel na equipe. É o principal reforço e absolutamente prioritário. 
 
"Estamos trabalhando muito para reforçar o time. Já iniciamos contatos e queremos agregar qualidade o quanto antes", disse o vice em sua apresentação, na terça-feira. 
 
Para o presidente Romildo Bolzan Júnior, o ano de 2017 é o ideal para estar na Libertadores. Após a eliminação precoce na competição deste ano, o mandatário admitiu que por conta da dificuldade financeira, esta não era a melhor temporada para ter entrado no torneio mais difícil do continente. 
 
"Talvez 2016 não fosse o melhor ano para ir para Libertadores. O melhor seria 2017. Porque a política financeira de 2015 se manteve neste ano. Nossa única aquisição foi o Miller (Bolaños). O restante são jogadores de plantel. Se as pessoas tivessem a mesma avaliação que eu tive, não teríamos tanta decepção. Tínhamos um time com capacidade de vencer, sim. Pegamos um adversário superior a nós e saímos, essa é a análise. Mas, como planejamos, a Libertadores será melhor em 2017, quando o Grêmio tiver melhor a capacidade de investimento", disse Bolzan. 
 
Mas para isso é necessário se classificar via Brasileirão ou conquistando a Copa do Brasil. Os torneios do segundo semestre começam neste domingo, com a estreia no nacional diante do Corinthians, em São Paulo.
 
A chegada do novo zagueiro não deve ocorrer em tempo para estreia. Mas no máximo no princípio da semana que vem a meta é ter um novo jogador para o setor já apresentado em Porto Alegre. 
 
As características buscadas são liderança, experiência e capacidade técnica. "Um jogador que chegue e saia jogando", definiu o vice de futebol Alberto Guerra.