Copa América é primeiro estudo de Ceni para ser técnico a partir de 2017
Rogério Ceni chegou aos Estados Unidos na terça-feira (31) para assumir a função de auxiliar técnico de Dunga durante a Copa América. O cargo, tido como "pontual" - temporário - será o primeiro passo do ex-goleiro do São Paulo com uma nova carreira depois de se aposentar, no fim de 2015. Preparação para algo que ele quer seguir a partir de 2017.
O prazo não é definitivo, mas Rogério Ceni colocou como meta usar o segundo semestre de 2016 para se preparar, com cursos na Europa e estudos, e entrar no mercado do futebol no início de 2017. O goleiro não fala textualmente, mas tem preferência por assumir a condição de treinador.
Quem está próximo de Ceni e conversa com ele sobre o futuro diz que ouve do ex-goleiro que ele não tem tido tanto tempo quanto esperava para se dedicar aos estudos de treinador e planejar a participação em cursos na Europa. Ceni pretende participar de cursos em Portugal e na Espanha antes de se abrir ao mercado de emprego.
Para Rogério Ceni, a Copa América de 2016 serve de aprendizado, segundo relatado por pessoas próximas, porque é uma chance de estar perto do dia a dia de uma seleção em um grande torneio e aprender como uma comissão técnica planeja treinamentos e lida com imprevistos e decisões que precisam ser tomadas em caráter emergencial, como implementação de novos conceitos e sistemas táticos durante um torneio e montagem e aplicação de treinos específicos para determinados jogadores.
Além da participação na comissão técnica de Dunga, interessa a Ceni estar perto de Juan Carlos Osorio, treinador com quem trabalhou em 2015 no São Paulo e de quem virou franco admirador - chegou a dizer, aos 42 anos, que nunca havia visto treinos tão especializados quanto os do treinador colombiano, e que viu a partir do trabalho de Osorio que precisaria de muito estudo para seguir carreira como técnico. Hoje Osorio treina a seleção do México, da qual aceitou proposta para sair do São Paulo. Além do colombiano, outro técnico por quem Ceni nutre admiração é o alemão Jurgen Klinsmann, dos Estados Unidos.
Assim como os estudos no exterior, continua no horizonte de Rogério Ceni o objetivo de trabalhar prioritariamente fora do Brasil em uma nova carreira. O ex-goleiro entende que o mercado europeu poderá ser mais propício para sua aprendizagem e teme, naturalmente, qualquer expectativa que possa ser criada em relação a um possível cargo no São Paulo caso esteja no Brasil.
Na terça-feira, Ceni trabalhou pela primeira vez em um treino da seleção ao lado de Taffarel, que é preparador de goleiros na comissão técnica de Dunga. Ao lado do campeão mundial em 1994, aplicou o treino em Alisson e Diego Alves, e depois auxiliou em treino técnico em campo reduzido, entre titulares e reservas. Por fim, participou de brincadeira entre goleiros, comissão técnica e o meia Willian em que todos tinham que acertar chutes de longa distância no travessão.
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