Esquecer 7 a 1 e cortes definem "nova seleção brasileira" para estreia
O Brasil estreia neste sábado na Copa América Centenário. A ideia de Dunga é que ele tenha forjado uma "nova seleção", com algumas mudanças drásticas em relação ao que o torcedor estava acostumado a ver. Uma vontade de "limpar" a geração do 7 a 1, ausências importantes e cortes de última hora forçaram o treinador a desenhar uma nova formação que estreia às 23h (de Brasília), contra o Equador, em Pasadena. O Estádio, Rose Bowl, é o mesmo que recebeu a seleção na final da Copa de 1994 e ficou eternizado por ser o lugar da conquista do tetra.
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LIMPEZA DA GERAÇÃO 7 A 1
Um dos principais fatores que praticamente definiu a convocação e a formação da seleção brasileira foi a intenção de Dunga em se livrar da “geração do 7 a 1”. Com o time treinador nos últimos dias, nenhum dos 11 que iniciará os 90 minutos diante do Equador esteve como titular na tragédia contra a Alemanha. Willian, que estava no grupo, entrou no decorrer do jogo, e Daniel Alves foi banco de Maicon. Hulk, outro que estava no Mineirão, ficará no banco de reservas.
Além disso, o grupo também teve ausências importantes se comparada às últimas convocações. David Luiz, Fernandinho e Marcelo foram exemplos de nomes que ficaram fora, além de Thiago Silva, que já não vinha sendo chamado.
AUSÊNCIA DE NEYMAR
Outro que estava na "Geração 7 a 1" e não foi convocado foi Neymar - que, machucado, não enfrentou a Alemanha em 2014. Neste caso, no entanto, o motivo é diferente. Por acordo com o Barcelona, ele ficará apenas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. A sua saída fez Dunga precisar de uma nova referência tática e também de um novo capitão: Miranda ostentará a faixa quando tiver condições físicas de jogo. A esperança de Dunga é que ele consiga formar um novo líder durante a competição para diminuir a dependência em relação ao atacante do Barcelona.
A ausência do melhor jogador do país também foi importante para que o comandante conseguisse consolidar um esquema tático com uma referência à frente.
A CONFIRMAÇÃO DO NOVO ESQUEMA TÁTICO
Depois de treinos e ensaios durante partidas nas Eliminatórias, Dunga consolidou o estilo de jogo de 4-1-4-1 na seleção brasileira. O estilo de jogo é o mesmo que fez sucesso com o Corinthians campeão no ano passado, com Tite sendo considerado o melhor técnico do país após conseguir sucesso no time paulista.
Sem Neymar, Dunga escolheu Jonas como a referência e Renato Augusto e Elias no meio-campo, sendo que Casemiro foi escolhido como o primeiro volante para dar mais mobilidade e dinamismo ao meio-campo. Douglas Costa e Philippe Coutinho jogam abertos e até trocam de posições com a bola rolando. Coutinho e Casemiro, aliás, só ganharam uma chance por causa dos diversos cortes.
RECORDE DE CORTES
Como mostrou o jornal Folha de S. Paulo, esse foi o torneio oficial que a seleção participou com o maior número de cortes. E eles foram determinantes para as mudanças que Dunga promoveu entre os titulares.
Douglas Costa e Luiz Gustavo foram cortados e deram lugar a Philippe Coutinho e Casemiro, que se destacaram na temporada europeia por Liverpool e Real Madrid, respectivamente. Além deles e da já citada ausência de Neymar, Dunga precisou lidar com as saídas de Kaká, Rafinha, Ederson e Ricardo Oliveira. Esses últimos, no entanto, afetaram pouco a formação do time que entrará em campo.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X EQUADOR
Data: 04 de junho de 2016, sábado
Horário: 23h (de Brasília)
Local: Rose Bowl, em Pasadena (Califórnia), nos Estados Unidos
Árbitro: Júlio Bascuña (Chile)
BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Gil, Marquinhos e FIlipe Luís; Casemiro; Willian, Renato Augusto, Elias e Coutinho; Jonas
Técnico: Dunga
EQUADOR: Dominguez; Achilier, Erazo, Ayovi e Pares; Noboa e Monteiro; Grezo e Valencia; Bolaños e Enner Valencia
Técnico: Gustavo Quinteiros
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