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Contrato curto e alto salário seguram L. Fabiano na China mesmo sem Luxa

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Imagem: Divulgação

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Orlando (EUA)

08/06/2016 06h00

Luis Fabiano é, dos jogadores brasileiros do Tianjin Quanjian, aquele que vive situação menos complicada. Após a demissão do técnico Vanderlei Luxemburgo e de toda a comissão técnica brasileira, que desagradou aos atletas compatriotas, o atacante de 35 anos deverá esperar o fim de seu contrato e deixar a China apenas em 2017.

Companheiro de Jadson e Geuvânio, Luis Fabiano tem 10 gols em 13 jogos pelo clube que disputa a segunda divisão na China. Segundo apurou o UOL Esporte, o atacante não tem como meta sair agora por causa da demissão da comissão técnica brasileira e pretende defender o Tianjin Quanjian até outubro, quando termina a temporada nacional. Assim, teria o último bimestre do ano livre para decidir onde jogará em 2017.

Os motivos para que Luis Fabiano pense em seguir no Tianjin Quanjian até o fim do ano são os altíssimos salários para os padrões brasileiros e a duração de seu contrato, que termina em breve. Para sair agora, ele teria que receber uma proposta de outro clube ou então receber a rescisão com indenização financeira dos chineses, hipótese que parece improvável uma vez que ele é um dos protagonistas da equipe. Para ele, não seria interessante abrir mão do que tem a receber até o fim do contrato.

Por que Luxemburgo foi demitido?

Além dos resultados ruins (o time não vencia há oito jogos), o treinador brasileiro teria sofrido boicote por parte dos chineses, de acordo com o fisiologista Cláudio Pavanelli, que ele levou à Ásia para ajudá-lo.

Pavanelli, assim como outros cinco profissionais ligados a Luxemburgo, já haviam sido demitidos, em um sinal de que a diretoria do Quanjian já não tolerava os métodos do brasileiro. O fisiologista elogiou o trabalho e destacou o empenho do trio brasileiro, mas sentiu resistência por parte de alguns jogadores chineses.

"A gente viu que alguns atletas não se comportavam como a gente queria", afirmou ele. "Não tinham aquele comportamento de antes, de dedicação em treinamentos e jogos, coisa que dificultava o nosso trabalho. Na hora de realmente começar o campeonato, a gente teve um pouco mais de resistência para implantar nosso trabalho. O porquê, a gente realmente não sabe."

Agora, o treinador conversará com a diretoria para definir como será feita sua rescisão de contrato, que iria até o fim da temporada. No papel, ele deveria receber 10 milhões de euros por ter sido demitido, mas esse valor deve ser renegociado.