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Luxa faz acordo com chineses após demissão e vai receber R$ 20 milhões

Luxa resolveu as pendências no Tianjin Quanjian e volta ao Brasil semana que vem - Alexandre Vidal/Divulgação
Luxa resolveu as pendências no Tianjin Quanjian e volta ao Brasil semana que vem Imagem: Alexandre Vidal/Divulgação

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/06/2016 20h07

Vanderlei Luxemburgo chegou ao acordo com os dirigentes chineses após a demissão do Tianjin Quanjian no último final de semana. O técnico vai receber 5,2 milhões de euros (R$ 20 milhões) parcelados até dezembro pela quebra do vínculo. Luxa tem retorno programado ao Brasil na próxima semana e ainda não definiu a sequência da carreira.

O contrato de 12 meses foi assinado pelo valor total de 10 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões). Os vencimentos do treinador eram de aproximadamente R$ 3,3 milhões por mês. O acordo com os chineses consiste apenas no pagamento dos salários de julho a dezembro.

Se tivesse optado por deixar o Tianjin Quanjian, Vanderlei Luxemburgo teria de ressarcir os chineses com o mesmo valor. Após a demissão, os dirigentes se recusaram a arcar com o montante, mas cederam após algumas reuniões.

Os cartolas venderam o projeto de modernização do clube no ano passado, mas o que Luxa e os brasileiros viram na Ásia foi uma estrutura modesta e bem longe da prometida. A paciência se esgotou e o novo projeto ficou pelo caminho.

Por que Luxemburgo foi demitido?

Além dos resultados ruins (o time não vencia há oito jogos), o treinador brasileiro teria sofrido boicote por parte dos chineses, de acordo com o fisiologista Cláudio Pavanelli, que ele levou à Ásia para ajudá-lo.

Pavanelli, assim como outros cinco profissionais ligados a Luxemburgo, já haviam sido demitidos, em um sinal de que a diretoria do Quanjian não tolerava os métodos do brasileiro. O fisiologista elogiou o trabalho e destacou o empenho, mas sentiu resistência por parte de alguns jogadores chineses.

"A gente viu que alguns atletas não se comportavam como a gente queria", afirmou. "Não tinham aquele comportamento de antes, de dedicação em treinamentos e jogos, coisa que dificultava o nosso trabalho. Na hora de realmente começar o campeonato, a gente teve um pouco mais de resistência para implantar nosso trabalho. O porquê, a gente realmente não sabe."