Topo

Que papelão! Uruguai perde da Venezuela e é eliminado da Copa América

DON EMMERT / AFP
Imagem: DON EMMERT / AFP

Do UOL, em São Paulo

09/06/2016 22h28

A zebra deu as caras na Filadélfia (EUA), nesta quinta-feira (9), e a Venezuela venceu por 1 a 0 a seleção uruguaia, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo C da Copa América Centenário. O atacante Salomón Rondón, de 26 anos, fez o gol do triunfo, que acabou eliminando o time de Luis Suárez no torneio – ele, ainda lesionado, não jogou de novo.

Cavani, cara a cara com o goleiro, perdeu duas vezes a chance do empate, aos 44 e aos 45 minutos do segundo tempo. Foi o "vilão" do confronto. 

O Uruguai, com duas derrotas, acabou eliminado do torneio após a derrota da Jamaica para o México. Assim, os mexicanos e os venezuelanos avançam à próxima fase com duas vitórias.

A Venezuela do técnico Rafael Dudamel, por outro lado está classificada com seis pontos em duas partidas. A equipe pegará o México na terceira rodada, às 21h da segunda-feira (13).  

O lance do jogo

Aos 36 minutos da metade inicial, o meio-campista Alejandro Guerra arriscou um chute do meio da rua, ao perceber o goleiro adversário adiantado, e quase fez um golaço. Muslera se recuperou e deu um tapinha na bola, que beijou o travessão e sobrou limpa na área, para quem chegasse primeiro. O atacante venezuelano Rondón se apresentou e, no rebote, colocou a estufou a rede, com um toque só na redonda.

Guerra foi o melhor em campo. Viu isso, São Paulo?

Venezuela 2 - USA Today Sports / Bill Streicher - USA Today Sports / Bill Streicher
Imagem: USA Today Sports / Bill Streicher

Alejandro Guerra não deve ser nome estranho aos são-paulinos. Ele é um dos principais jogadores do Atlético Nacional, time colombiano que enfrentará o tricolor na semifinal da Libertadores. E, má notícia para o time de Bauza, mostrou ter qualidade: o atleta, que é a cara de Iniesta, do Barcelona, foi o melhor em campo. O gol do jogo nasceu dos pés do meio-campista, responsável por orquestrar todas as jogadas de perigo do seu time.

Suárez: no banco, mas de assistente

Venezuela x Uruguai 1 - DON EMMERT / AFP - DON EMMERT / AFP
Imagem: DON EMMERT / AFP

Referência da seleção uruguaia, o atacante Luis Suárez se apresentou à equipe com lesão na coxa, ocorrida ainda em jogo pelo Barcelona, no fim da temporada europeia. Devido à recuperação, não pôde ajudar a celeste dentro das quatro linhas, mas foi a campo – no banco, inquieto e impotente, fez o que lhe cabia: orientou os companheiros, lamentou muito e reclamou da arbitragem.

Vilão da vez: Cavani

Sem Luis Suárez, a esperança da seleção uruguaia em campo foi Edinson Cavani. E ele teve três chances de balançar as redes, todas fáceis para um jogador do seu nível, mas as desperdiçou: foi de potencial herói a vilão. Ainda no primeiro tempo, furou chute na área. Na metade final, aos 44 e aos 45 minutos, voltou a aparecer negativamente: em um lance limpou a zaga e bateu para fora, da marca do pênalti. No outro, após tentar marcar de carrinho, parou no goleiro. 

Que fase, Uruguai...

Dois lances explicam o que foi o Uruguai na partida: no primeiro, por volta dos 15 minutos do primeiro tempo, Edinson Cavani recebeu bola na área, uma escorada de cabeça de González. Livre, o craque fez pose, preparou a bomba e... furou feio. Pouco mais tarde, aos 29, o lateral Maxi Pereira conduzia a redonda sozinho pela ponta quando tropeçou no gramado e caiu de "de maduro". A seleção celeste não se encontrou em campo.

E olha que Maxi Pereira estava em dia de festa. Com o confronto desta quinta, tornou-se o jogador a mais vezes defender a camisa do Uruguai na história: 113 jogos. O time dele, o português Porto, o parabenizou nas redes sociais.

O hino uruguaio, enfim

Antes da partida, com os jogadores enfileirados perto da lateral do campo, foi ouvido o hino do Uruguai – fato que só é destacável devido à gafe cometida pela organização da Copa América Centenário na rodada de estreia. Em jogo da celeste na Flórida, contra o México, no último domingo (5), tocaram o hino do Chile como se fosse o uruguaio. O caso provocou indignação na delegação da equipe. E o acerto, desta vez, foi “comemorado” no Twitter, além de ter sido cantado com emoção pela maioria nas arquibancadas.