Sem vestiário, seleção brasileira deixa treino em Harvard sem tomar banho
Mais um problema de organização afetará a seleção brasileira nos treinos para a Copa América Centenário. O time não terá vestiários nesta sexta-feira (10) para treinar na Universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos, dois dias antes de enfrentar o Peru.
Por causa disso, os atletas deixaram o hotel, em Boston, já com o uniforme de treinamento, apenas sem a chuteira. Os preparativos finais foram feitos dentro do baú de um caminhão. O mais peculiar será a volta para o hotel. Sem vestiário, eles retornarão aos seus quartos, após o treino que será realizado sob sol, sem tomar banho.
Esse não foi o combinado entre seleção e organização da competição. Havia um vestiário da universidade destinado aos atletas, mas o espaço não foi disponibilizado. A Universidade afirmou que o Comitê não colocou o detalhe no contrato e o banheiro não será colocado à disposição.
"Os jogadores não ligaram. É algo pequeno perto do que a gente quer aqui na competição. Chegaram a oferecer um outro campo, mas era muito longe", disse brevemente o coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi.
A seleção já havia enfrentado problemas para conceder entrevistas e para atender a imprensa por causa das exigências da organização. Em Orlando, a equipe teve de improvisar para treinar porque o campo oficial estava sem condições. Em Los Angeles, mudou de lugar por causa de um assassinato seguido de suicídio.
Em Orlando, além de não ter o campo de treinamento oficial, o time não pôde fazer o trabalho de reconhecimento de campo para preservar o gramado.

TREINO DESTA SEXTA-FEIRA
Dunga não mostrou muita coisa do que pretende fazer com o time que vai enfrentar o Peru no treino desta sexta-feira (10). Além da suspensão de Casemiro, o comandante precisará resolver quem sairá para a entrada de Miranda. A tendência é que o escolhido para o meio-campo seja Walace, enquanto que Marquinhos deve mesmo deixar o time para a volta do capitão.
Fora de campo, o destaque ficou por conta da visita do ex-jogador Palhinha. Com destaque pelo Cruzeiro e pelo São Paulo, o ex-atacante é hoje dirigente e técnico do Boston City. Ao lado do proprietário da equipe, Renato Valentim, ele cumprimentou alguns jogadores e até presenteou Rogério Ceni com um uniforme de sua equipe, além de dar entrevistas.
Valentim chegou aos Estados Unidos em 1998, como ele mesmo diz em seu site, com US$ 200 no bolso e em busca de uma chance. Há um ano e meio, fundou a equipe e, agora, luta para colocá-la entre as mais importantes do país.
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