Zagueiro 'diferente', filho de cartola do Inter faz curso e desafia clichê
Um jogador de futebol não precisa apenas treinar, comer e dormir. Um zagueiro pode fazer mais do que simplesmente rebater e dar carrinho. Giordano Piffero, 22, acredita nisso. Filho de Vitorio Piffero, presidente do Internacional, ele foge do estereótipo do boleiro e defende um perfil de atleta diferente.
Com passagem pela base do Inter, Vasco, Juventude e Beira-Mar, de Portugal, ele recém-chegou ao Tubarão, de Santa Catarina. E lá aposta em uma arrancada na carreira.
“Como as pessoas pensam que o jogador só joga, curte pagode e tudo mais no clichê, eles botam os jogadores na vala comum. Falam que o jogador é burro, mas está mudando. Tem muita gente procurando se qualificar. Eu procurei também”, conta Giordano.
Nos últimos meses, ele fez curso de Gestão Técnica no Futebol, na Universidade do Futebol, e completou a licença C nos cursos para formação de treinadores da CBF. No currículo ainda está a faculdade de administração, ainda incompleta.
“Existe um preconceito com jogador que vem de classe diferente, que teve uma condição maior. Mas isso nem me incomoda mais”, comenta. “Estou em um clube que olha o perfil todo do atleta, não só os atributos no campo e entendo que isso significa um ótimo momento para a minha carreira”, completa.
Até os 15 anos, Giordano praticava outro esporte: o tênis. O início tardio no futebol, em relação à maioria dos outros jogadores, rendeu uma defasagem na evolução da carreira. Apesar da diferença, o zagueiro é elogiado pela capacidade técnica e leitura de jogo.
Em Santa Catarina, ele assinou contrato até o final do ano. O Tubarão inicia no próximo mês a disputa da segundona estadual e Giordano, vê uma chance de decolar.
“O projeto do clube aqui é muito bom. Estou mais maduro também”, aponta Giordano. "Muitas vezes é difícil se destacar como jogador. Não depende só de ti, mas de um todo maior", acrescenta.
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