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Com peso nos ombros por 1º título, Messi chega à final com números absurdos

Decisivo na Copa América, Messi busca 1º título com Argentina para encerrar jejum de 23 anos - Winslow Townson-USA TODAY Sports
Decisivo na Copa América, Messi busca 1º título com Argentina para encerrar jejum de 23 anos Imagem: Winslow Townson-USA TODAY Sports

Do UOL, em São Paulo

26/06/2016 06h00

Lionel Messi completou 29 anos na última sexta-feira (24) e não é difícil adivinhar o que ele desejou como presente de aniversário: seu primeiro título profissional com a Argentina. Neste domingo (26), em Nova Jersey, a partir das 21h (horário de Brasília), Argentina e Chile reeditam um ano depois a final da Copa América, agora na edição centenária nos Estados Unidos.

No ano passado, em casa, os chilenos levaram a melhor sobre os argentinos na disputa de pênaltis e chegaram ao primeiro título de sua história. Foi a terceira final em que Messi saiu com o amargo sabor do vice-campeonato pela Argentina. Antes, havia perdido a final da Copa do Mundo contra a Alemanha em 2014 e a decisão da Copa América contra o Brasil em 2007, com apenas 20 anos recém-completados.

Agora, em sua quarta decisão, Messi busca colocar ponto final no próprio retrospecto negativo e no jejum de 23 anos da Argentina – o último título profissional foi na Copa América em 1993. Ele até ganhou a medalha de ouro olímpica em 2008 e foi campeão mundial sub-20, mas fracassou até aqui na missão de levantar o caneco com a seleção principal.

Se Messi tem sobre os ombros o peso de dois vice-campeonatos nos últimos três anos com a Argentina, a seu favor está o fato de que ele chega à final como grande nome da Copa América. Mais que isso: Messi tornou-se o maior artilheiro da seleção na competição e tem números absurdos nos EUA.

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Com golaço de falta, Messi ultrapassou Batistuta na artilharia da Argentina
Imagem: Bob Levey/Getty Images/AFP

Em quatro partidas disputadas na Copa América (ele ficou fora por lesão da estreia contra o Chile), Messi soma cinco gols e quatro assistências. Participou, assim, de nove dos 12 gols da seleção argentina – nada menos que 75%. Sendo que nos outros três gols ele não estava em campo.

Como começou as outras duas partidas da fase de grupos no banco de reservas, Messi tem apenas 253 minutos em campo nesta Copa América. Ou seja, dando passe ou fazendo gol, ele participa de um lance decisivo a cada 28 minutos de jogo.

Além do show à parte na Copa América, Messi alcançou um recorde histórico nos EUA: ultrapassou Gabriel Batistuta como maior artilheiro da história da Argentina. Com um golaço de falta na semifinal contra os donos da casa, ele chegou a 55 tentos pela seleção, um a mais que o atacante que fazia parte do elenco no título de 1993.

Messi tem também ganhado pouco a pouco o coração dos argentinos. Muito questionado anos atrás por não reproduzir com a seleção as grandes atuações do Barcelona, o gênio de Rosário tem esbanjado talento e qualidade com a camisa 10 nas últimas competições.

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Idolatria por Messi une todos os povos na Copa América Centenário nos EUA
Imagem: Bob Levey/Getty Images/AFP

Cada vez mais idolatrado por seus compatriotas, Messi ganhou nova música dos torcedores argentinos - na qual eles dizem que “da mão de Leo Messi a volta olímpica vamos dar”. E postou até uma mensagem em seu Instagram criticando a logística da Associação de Futebol da Argentina (AFA), enquanto tomava chimarrão no avião com Agüero – o que, vamos combinar, é bem argentino.

É com o peso de três vices e 23 anos de jejum nos ombros que Messi entrará em campo contra o Chile nesse domingo. Mas também como maior artilheiro da seleção e com números e atuações que encantam na Copa América Centenário. 

Chegou a hora e a vez da Argentina de Messi?