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"Pato foi péssimo negócio", diz presidente do Corinthians antes de reunião

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

03/07/2016 18h33

O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, não foi eloquente ao afirmar se Alexandre Pato voltará usar a camisa do Corinthians. O atacante retorna na terça-feira após empréstimo ao Chelsea, mas ainda não sabe se será utilizado pelo técnico Cristóvão Borges ou se será negociado. Mesmo antes de uma reunião entre todas partes, Roberto já decretou que o atacante foi um péssimo negócio para o clube.

"Vai depender da conversa do treinador com ele, a chance de ele não ficar existe. Se não aparecer nada, se ele vai jogar ou não, aí é com o treinador. Mas ele estará treinando com o grupo", falou.

Questionado se ele acredita do torcida do Corinthians pode aprovar a volta de Pato, ele foi otimista: "é difícil responder por todo, mas não vejo nada impossível. O corintiano sabe que se pagamos o salário dele, porque que não usá-lo?", prosseguiu.

Por fim, Roberto também fez um balanço sobre a contratação de Pato: "hoje é fácil falar que foi um mal negócio, mas tem que calcular antes. Na hora ninguém falava nada. Hoje não tiramos proveito tecnicamente nem financeiramente, então posso afirmar que foi um péssimo negócio".

Um dos problemas para a reintegração de Pato ao Corinthians sempre foi o boato de que ele não se entende com o elenco alvinegro. Mas o goleiro Cássio negou: "Pato nunca deixou de ter ambiente. Sempre foi como todos outros jogadores, sempre foi bem recebido. O grupo é muito bom nesse sentido, abraçamos todo mundo. Se ele chegar, com certeza será bem recebido".

O que também pode atrapalhar a permanência de Pato é a própria vontade do jogador, que disse estar com o corpo no Brasil, mas com a cabeça na Europa. O técnico Cristóvão Borges disse que essa declaração não incomodou, mas cobrou que ele esteja 100% dedicado ao Corinthians se for ficar: "não me incomoda, porque a gente tem que respeitar a vontade dele. Mas qualquer jogador tem que estar de corpo e alma no Corinthians. Ele tem o direito de escolher, mas eu só vou conversar com ele para clarear e resolver na terça".