Topo

Falcão de volta confirma novo padrão do Inter: apostar em ex-jogadores

Paulo Roberto Falcão assinou contrato até julho de 2017 com o Internacional - AP Photo/Riccardo De Luca
Paulo Roberto Falcão assinou contrato até julho de 2017 com o Internacional Imagem: AP Photo/Riccardo De Luca

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

13/07/2016 08h00

A contratação de Paulo Roberto Falcão confirma um padrão adotado pelo Internacional nos últimos anos: a busca por ex-jogadores e ídolos para o cargo de treinador. Com a terceira passagem do ‘Rei de Roma’, sobe para seis o número de técnicos com este perfil contratados nesta década. 

A série de ídolos e ex-jogadores como técnicos no Beira-Rio foi iniciada justamente com Falcão, em 2011. Depois dele vieram Fernandão, Clemer, Dunga, Diego Aguirre e Argel Fucks.

Nenhum deles conseguiu ficar mais que 10 meses no cargo e fez no máximo 61 partidas à frente da equipe. Títulos? Só estaduais – com Paulo Roberto Falcão, Dunga, Aguirre e Argel.

O curioso é que, desta lista, somente um nome foi escolhido por convicção, e não por dificuldade no acerto com outros treinadores. Foi o próprio Falcão, após a demissão de Celso Roth em 2011. À época, o Inter foi direto do então comentarista da TV Globo e Rádio Gaúcha.

Fernandão, então diretor técnico, foi convencido pela diretoria da época depois de dificuldade em encontrar nome no mercado. Dunga, Diego Aguirre e Argel Fucks também só viraram opção após o Inter não conseguir acerto com outros técnicos pretendidos.

Paulo Roberto Falcão assume o Internacional pela terceira vez já vencendo uma barreira. A pedido dele, o clube topou fazer contrato de um ano. Mesmo que exista eleição presidencial em dezembro.

No somatório das duas passagens, 1993 e 2011, o ídolo da torcida colorada tem 33 jogos como treinador do clube, com 13 vitórias, nove empates e 11 derrotas. Domingo, contra o Palmeiras no Beira-Rio, ele inicia a terceira fase. E confirma que, recentemente, ser ex-jogador e ídolo pesa na escolha de treinador no Internacional.