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Fluminense veta entrada de jornalistas de site que só cobre o clube

Bernardo Gentile e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/07/2016 16h44

O Fluminense proibiu os jornalistas do site Netflu de frequentarem o clube. Na tarde desta quarta-feira, um membro da diretoria entrou em contato com Paulo Brito, um dos repórteres e sócio do portal, e o informou sobre o veto sem dar maiores explicações. Procurado pela reportagem, o clube confirmou o veto aos jornalistas e informou que não comentaria o caso.

Segundo apurou a reportagem, o Fluminense já mantinha relação desgastada com o site e não gostou da divulgação de um vídeo que continha imagens do banheiro da sede repleto de mosquitos e fora das condições ideais.

O vídeo foi gravado pelo conselheiro Antônio Gonzales, conhecido no clube pela forte oposição a Peter Siemsen. Sendo assim, o Fluminense encarou a divulgação do vídeo como viés político e proibiu o site de entrar na sede do clube. A decisão foi tomada pelo presidente, com o aval da diretoria de comunicação.

“Fomos comunicados de que não poderíamos entrar no Fluminense e questionamos o porquê? A resposta foi que era uma medida da direção e que não havia uma justificativa e nem maiores detalhes. Já haviam nos ameaçado diversas vezes para pegar mais leve com algumas apurações que incomodavam. Tomaram essa atitude e vamos ver o que vai acontecer. Estamos nos reunindo e talvez tenhamos que entrar na Justiça. Mesmo assim, isso não vai impedir de seguir fazendo o nosso trabalho”, disse o repórter Paulo Brito.

Além de Paulo Brito, estão proibidos de frequentar as áreas de imprensa do clube os jornalistas Leandro Dias e Rodrigo Mendes - ambos do Netflu. Os três são sócios, mas não estarão autorizados a frequentar a sala para jornalistas, entrevistas coletivas e outras pautas na Laranjeiras.

Tão logo foram informados, os jornalistas foram removidos também dos grupos de Whats App, onde a imprensa é informada sobre o Fluminense. A decisão, evidentemente, revoltou o grupo, que não descarta entrar na Justiça para ter a liberdade respeitada.