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Ex-Flu usa clube moldavo com 3 estádios e 2 hotéis para retomar carreira

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/08/2016 06h00

Revelado pelo Corinthians, Victor Oliveira chegou ao Fluminense com status de revelação após boas temporadas no Atlético-GO. No Rio de Janeiro, o zagueiro teve bom início no time titular, mas depois perdeu espaço até ser negociado. Agora, o defensor tenta retomada na carreira em um clube da Moldávia. O que chama atenção é a estrutura do Sheriff, que conta com três estádios (um para jogos grandes, outro para partidas menores e um terceiro, coberto, somente para suportar o duro inverno moldávio).

“A estrutura é surreal. O clube tem 3 estádios sendo um para jogos do campeonato nacional, outro para jogos da Liga dos Campeões e Liga Europa e outro indoor [coberto] para o inverno. Além de 13 campos de treinos e dois hotéis. Tudo de primeira. Acostumar com coisa boa é fácil, né [risos]? Ainda é pouco tempo para total adaptação, mas tem mais dois brasileiros [Jô Santos e Ricardinho] no clube que me ajudam”, disse Victor Oliveira ao UOL Esporte.

Apesar do pouco tempo na Moldávia, Victor Oliveira já passou por situações inusitadas. Mesmo municiado do inglês, o zagueiro tem tido dificuldade na comunicação, já que a maioria das pessoas sabe apenas a língua oficial do país, o romeno. A alimentação, como de costume, também causou certa saia justa.

“Por enquanto tudo é novo. A língua ainda é uma dificuldade, consigo falar em inglês, mas nem todos aqui falam. Um perrengue que passei foi no primeiro dia para almoçar no clube, me serviram língua de algum animal para comer [risos]. Falei para a moça que para mim não dava, não era comum e aí ela gentilmente trouxe carne de porco [risos]”, afirmou o zagueiro.

Victor oliveira - Divulgação/Sheriff - Divulgação/Sheriff
Imagem: Divulgação/Sheriff

Mesmo tendo sido formado pelo Corinthians e passado pelo Atlético-GO, foi no Fluminense que Victor Oliveira ganhou notoriedade. Ele chegou ao Rio de Janeiro com status de revelação e teve oportunidade de mostrar serviço. O problema é que ele não conseguiu ter uma sequência e acabou deixado de lado.

“Sou um jogador jovem. Cheguei ao Fluminense com 20 anos e é normal oscilar. Mas infelizmente em um clube grande não há espaço pra oscilações. Ainda mais porque cheguei num momento de transição do clube, com saída de vários jogadores e troca de patrocinador. Por opção do treinador às vezes não tive uma sequência que eu esperava. Acho que não tem uma explicação ao certo, mas infelizmente não ocorreu como eu esperava”, resumiu Victor.

“Pressão não foi o problema, até porque, quando cheguei, também já esperava isso. Viver em São Paulo foi um período de muito aprendizado e jogar nas categorias de base de um enorme clube como o Corinthians me ajudou bastante a me tornar o jogador que sou hoje. Além do crescimento humano, pois morava em alojamento e era sempre um ajudando o outro”, concluiu o zagueiro.

Victor Oliveira tem uma ideia fixa na cabeça. Retomar a carreira no Sheriff e deixar o que não deu certo no passado. “Agora essa oportunidade aqui no Sheriff, um clube que me oferece tudo do melhor em estrutura. Espero que dê tudo certo para que coisas boas aconteçam”, finalizou.