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SP aposta em redução de dívida e melhora financeira para esfriar crise

Leco, presidente do São Paulo - Gabriela Di Bella-18.jan.2016/Folhapress
Leco, presidente do São Paulo Imagem: Gabriela Di Bella-18.jan.2016/Folhapress

Pedro Lopes e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

01/09/2016 06h00

Dentro de campo, as coisas não vão bem para o São Paulo – 11º no Brasileiro e vindo de derrota para o Juventude, que disputa a Série C, na Copa do Brasil. Fora, o clima é de pressão, tanto da torcida como de oposicionistas, que questionam a gestão do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. Na próxima segunda-feira, a diretoria tenta esfriar esse caldeirão, apresentando ao Conselho Deliberativo uma redução de 32% nas dívidas deixadas pela gestão de Carlos Miguel Aidar.

Os números que serão apresentados ao Conselho foram auditados pela empresa PriceWaterhouseCoopers, e, segundo dirigentes do clube, indicam que a dívida total do clube (excluídas as dívidas tributarias, parceladas através do Profut) foi de R$ 170 milhões em dezembro de 2015 a R$ 116 milhões em agosto de 2016 – queda de 32%.

A dívida que teria sofrido maior redução é a bancária, que costuma ter os maiores juros e piores condições de pagamento – caiu de R$ 91 milhões para R$ 48 milhões, uma redução estimada em 47%. Avaliada em R$ 77 milhões, a dívida tributária é tratada separadamente e parcelada no Profut.

Entre os fatores que possibilitaram a redução, segundo cartolas do clube, estão receitas de marketing – a camisa, que não tinha nenhum patrocínio na gestão Aidar, rende atualmente R$ 35 milhões anuais aos cofres são-paulinos. O contrato atual com a Globo, aprovado em fevereiro, é o maior da história do clube e rendeu luvas de R$ 60 milhões.

Além disso, os custos caíram com as saídas de Luis Fabiano, Rogério Ceni e Alexandre Pato, donos dos maiores salários do elenco.

Dentro de campo, o São Paulo só volta atuar na próxima quarta-feira, diante do Palmeiras, no Allianz Parque.