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Leão diz não estar aposentado e espera proposta "sedutora" para voltar

Moisés Nascimento/AGIF
Imagem: Moisés Nascimento/AGIF

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

04/09/2016 06h00

No dia 25 de outubro de 2012, o São Caetano optava por demitir Emerson Leão, usando como justificativa "o desgaste entre jogadores e treinador". Desde então, o técnico nunca mais trabalhou em clube algum. E continuará assim, ao menos que uma proposta "sedutora" apareça.

"Propostas sempre têm, mas uma que seduza ainda não", explicou Leão, ao UOL Esporte, sem detalhar o que seria uma "proposta sedutora". "Tem coisa que para outros são impossíveis e para você é um sabor. E tem outras que os caras aceitam e eu não quero nem ver. É muito pessoal".

O treinador afirma que, apesar de estar longe dos holofotes há algum tempo, ainda costuma ser parado nas ruas por torcedores pedindo para que ele assuma o comando de diversos clubes. “Por exemplo, essa m... que o São Paulo está fazendo, eu não consegui sair na rua sem que me parem e falem: ‘pelo amor de Deus, Leão, volta’”.

Aos 67 anos, Emerson Leão coleciona nove títulos como técnico. Entre eles, estão duas Copa Conmebol (Atlético-MG, em 1997, e Santos, em 1998) e dois Campeonatos Brasileiros (Sport-1987 e Santos-2002).

Apesar dos quase quatro anos de ausência do futebol, Leão reitera que não está aposentado, mas diz ser impossível voltar a trabalhar ainda em 2016. "Eu não abandonei porque ninguém abandona uma coisa que adora. Mas, para o momento, a chance de eu voltar é zero, porque eu disse que até o final deste ano eu estaria resolvendo milhões de coisas da minha vida futura", continuou.

Leão diz ser preciso ajudar os treinadores mais novos

No período em que esteve ausente do futebol, Leão viu uma geração nova de técnicos se formar, como o caso de Milton Mendes (Santa Cruz) e Roger Machado (Grêmio). Para o treinador, no entanto, o fato não deve ser visto como um problema.

“Você (técnico experiente) nada mais é do que o espelho dos mais novos. O cara tirou alguma coisa de você, o observou quando era atleta e treinador. Então ele cresceu dentro da sua filosofia e adaptou para a personalidade dele”, explicou Leão.

“Os mais velhos precisam não só entender a reciclagem, mas também ajudar os novos (técnicos). Todos podem continuar participando do futebol positivamente”, prosseguiu. “O que não pode ter é ciúmes, algo que não tenho e nem quero que tenham de mim”.