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Marco Aurélio confirma Ricardo Gomes e manda recado para organizada

Marco Aurelio Cunha estava na CBF - Daniel Brito/UOL
Marco Aurelio Cunha estava na CBF Imagem: Daniel Brito/UOL

Do UOL, em São Paulo

09/09/2016 11h44

Marco Aurélio Cunha foi anunciado como novo diretor executivo de futebol do São Paulo. Em entrevista à rádio Bradesco FM, o dirigente falou sobre o treinador Ricardo Gomes.

“Tenho admiração, muito grande. Foi o último treinador que trabalhei de fato em 2010. Na época, o São Paulo fez transição com treinador da base. Eu fui contra, não pela pessoa, mas pelo momento. Falei que isso não ia dar certo. Sai no fim daquele ano, ainda veio Carpegiani para salvar a situação de risco que São Paulo criou. Mas Ricardo foi o último que tive trabalho feito, Carpegiani veio de tampão. Ricardo superou drama pessoal absurdo. Sujeito de garra danada. Olha o Botafogo como está bem sem o Ricardo, opinião medíocre porque está bom pelo trabalho que ele deixou. Coincidentemente, após a saída, as coisas andaram melhor. Era o trabalho do Ricardo”, falou.

“Assume o São Paulo, ele pega a dificuldade. Até construir um trabalho, sei que não há tempo, mas temos de correr. Confio plenamente no Ricardo pelo caráter, maneira que trata, o que conhece de futebol, justiça que faz nas suas escolhas. Tem caminho bom para seguir no futebol. Mas, o jogador precisa ajudar também, não adianta treinador sozinho. Treinador é o intelectual, se não ajudar, não sai nada”, completou.

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O dirigente também falou sobre torcida organizada. Há duas semanas, o clube chegou a ser invadido por torcedores que até agrediram alguns jogadores.

“Torcida organizada é sempre um problema porque é relação de amor e ódio. Sempre é bonita no melhor momento e caótica no momento ruim. Não tem equilíbrio. Tem de respeitar, cada um no seu setor, um torce e outro dirige. Muitas vezes têm razão nas reclamações, quando falta de aderência ao time, não está se esforçando, mas acho que precisa ser respeitosa. Sem criar fatos além do que é futebol. Nenhum motivo e nenhuma relação com torcedor. Respeito anônimo e aquele que se mobiliza. Inadmissível invadir o clube, não corresponde. Quem gosta, não faz vexame com São Paulo. É ruim para você, é ruim para o clube. Não existe isso, temos de nos respeitar, tenho certeza que agora o respeito está de volta”, finalizou.

Marco Aurélio assume o cargo no São Paulo até o fim do ano. O dirigente se licenciou do cargo na CBF em que cuidava do futebol feminino.