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"Queria gastar mais, mas o amanhã não me deixa", diz presidente corintiano

Rodrigo Coca/Eleven/Estadão Conteúdo
Imagem: Rodrigo Coca/Eleven/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

20/09/2016 18h39

Roberto de Andrade voltou a defender a sua gestão como presidente do Corinthians. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (20), o dirigente afirmou que faz um bom trabalho com as ferramentas que tem para usar e destacou que a responsabilidade o faz não gastar mais dinheiro com o clube.

Ele reconhece que o time necessita de reforços, mas diz que não tem possibilidade de colocar mais dinheiro para não compremeter as gestões futuras. Apesar dos problemas, diz que o time não jogará a tolha na briga pelo título e por uma vaga da Libertadores e diz que o time "está no caminho certo".

"Talvez a gente não viva em um grande momento financeiro hoje, mas vai ter coisa melhor em um futuro próximo. Eu poderia estar pensando só no meu mandato e estaria enchendo o elenco de jogadores caros e deixaria a conta para quem fosse assumir depois. E eu buscaria o título. Mas eu tenho responsabilidade com o clube, com o torcedor e o sócio do clube. Todos são apaixonados como eu, mas a situação é difícil, é delicada, mas estamos melhorando", disse o presidente.

"O Corinthians nos últimos anos era muito forte e o nível de exigência também cresce. A gente ganhou tudo, como foi no ano passado. Vocês precisam lembrar que somos o atual campeão brasileiro. Temos um novo patrocinador. Quem é aqui que está com um novo patrocinador? Eu tenho visto clubes com uma marca só na camisa e nós temos várias", afirmou.

O dirigente aproveitou o momento para lembrar que outros clubes não estão cumprindo a Lei do ProFut e estão ignorando a chance de rebaixamento caso os times não estejam de acordo com a regulamentação. 

"Eu assumi em fevereiro de 2015 e de lá para cá a gente fica colocando tudo em dia. Estamos colocando a casa em ordem. Estamos recebendo dinheiro com venda de atleta e coisas do estádio, mas precisamos acertar coisas do passado. Toda a bilheteria vai para o pagamento do estádio e isso encurtou as nossas receitas. Queria gastar mais, mas o amanhã não me deixa", explicou.

"Um elenco campeão custa caro", ponderou. "E eu li uma matéria hoje que tem muita gente não pagando o ProFut. E eu estou deixando tudo em dia, porque essa lei pode mudar você de divisão se não estiver em dia. Porque aí você vai para a Série B e aí sim a torcida precisa ficar nervosa". 

Presidente diz que não buscou substituto de Cristóvão

Ainda sobre o tema de planejamento, Roberto disse que ainda não procurou nenhum técnico para o lugar de Cristóvão Borges. Roger, que saiu do Grêmio, e Eduardo Baptista, que treina a Ponte Preta, são os mais falados.

"Não fiz contato com nenhum treinador, nenhuma sondagem. Estamos traçando o perfil de quem precisa chegar, de experiência, com títulos e com a nossa necessidade, ouvindo todo mundo que está no nosso futebol", explicou.

"É prematuro falar agora se ele vai ficar ou se ele vai sair. Mas temos total confiança nele, que é funcionário do clube há muito tempo. Temos que estar todos unidos aqui. Uma vitória contribui muito para mudar o ambiente".