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Confederações pressionam, e Conmebol adia teste com final única para 2018

Jogadores do Atlético Nacional comemoram título após final da Libertadores de 2016 - AFP PHOTO/Luis Acosta
Jogadores do Atlético Nacional comemoram título após final da Libertadores de 2016 Imagem: AFP PHOTO/Luis Acosta

Pedro Ivo Almeida e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/10/2016 12h08

Ponto de impasse nas reformas da Conmebol para a Copa Libertadores, a final em jogo único ainda não ocorrerá em 2017 – como outras mudanças do torneio. Diante da pressão de confederações nacionais nos últimos dias, a entidade sul-americana resolveu aumentar o debate nos próximos meses e adiar o modelo para 2018. O anúncio foi feito nesta terça-feira (04). 

A Conmebol explicou que continua analisando a ideia de fazer uma final única, mas não para 2017. “A ideia de uma final única é organizar uma grande festa para celebrar o futebol e fazer um elemento integrador na Sul-Americana. Desde o ponto de vista esportivo, um estádio pré-definido tem o atrativo de oferecer um campo de jogo neutro para os finalistas conversando um elemento surpresa, pois sempre existe a possibilidade de uma equipe local chegar a final”, comentou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez em comunicado emitido nesta terça. 

 “No entanto, isso requer uma planificação de primeiro nível para garantir a excelência de logística, infraestrutura, segurança, mobilidade, organização de eventos. Também temos escutado as preocupações dos torcedores e a Conmebol deve trabalhar para que existam alternativas de viagem e alojamento que permitam que toda a paixão de uma final da Copa Libertadores chegue a qualquer cidade,” completou o presidente da entidade. 

Anunciada na última terça-feira (27), a final em jogo único não teve boa recepção entre os dirigentes sul-americanos, inclusive entre os representantes da CBF. Na reunião do Comitê Executivo no domingo (2), em Bogotá, na Colômbia, mais indefinição. E com discussões entre as partes, o modelo de final que copia a Liga dos Campeões da Europa não foi incluído no pacote que entra em vigor em 2017.

Representada no encontro por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista e representante brasileiro no conselho executivo da Conmebol, e Fernando Sarney, membro do comitê executivo da Fifa, a CBF não fala sobre o assunto. No entanto, os brasileiros lideraram críticas e pressão para que a final única não fosse aprovada.

Representantes da CBF e de outras confederações questionaram as questões logísticas e financeiras no caso. A Conmebol, por sua vez, defendia que o evento movimentaria capital durante uma semana na cidade escolhida e poderia bancar os custos. Diante da indefinição, os representantes dos países "venceram" a queda de braço.

O comunicado da Conmebol explica a estrutura da Libertadores de 2017:

- Serão 150 jogos na competição no total.
1- O torneio vai começar na fase pré-classificatória, a conhecida pré-Libertadores, onde 16 times se enfrentarão em jogos de ida e volta (24 jogos no total e 4 classificados para a fase de grupos);
2- O torneio continua a ter 96 jogos na fase de grupos com 32 times, sendo 28 por classificação direta, o que inclui o campeão das edições anteriores da Libertadores e da Sul-Americana;
3- A fase de mata-mata terá 30 jogos, começando pelas oitavas de final (16 jogos), quartas de final (8 jogos), semifinal (4 jogos) e final (2 jogos), no formato de ida e volta;