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Jornal francês detona projeto de Copa com 48 seleções: "Ridículo"

REUTERS/Maxim Shemetov
Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov

05/10/2016 09h25

O jornal francês "L’Equipe" chamou de ridícula a ideia do presidente da Fifa, Gianni Infantino, de organizar a Copa do Mundo com 48 seleções a partir de 2026. A possibilidade, revelada pelo dirigente em entrevista à agência EFE nesta semana, causou polêmica e deve enfrentar resistência.

O "L’Equipe" coloca em sua manchete da edição desta quarta-feira a palavra “ridículo” abaixo da taça do Mundial de cabeça para baixo e explica seu ponto de vista. “Gianni Infantino, presidente da FIFA, reafirmou a sua vontade de aumentar a partir de 2026 o número de equipes participantes na Copa do Mundo. Este projeto inescrupuloso poderia ser validado no próximo ano", diz.

 

Outro jornal europeu, o britânico Daily Telegraph, engrossou as críticas à proposta e carregou na ironia ao colocá-la na lista das “piores brilhantes ideias da história do futebol”. Outras lembranças foram o “silver goal” (quando a partida terminava ao fim de um tempo da prorrogação quando uma equipe ficava em vantagem) e a Jabulani (bola que provocou muitas críticas na Copa de 2010).

Apesar da resistência de jornais, a ideia pode ganhar defensores em seleções que costumam ter dificuldades para se classificar à Copa do Mundo. A confederação da Escócia, por exemplo, já se manifestou a favor da proposta.

A ideia apresentada por Infantino, ainda discutida de forma preliminar, criaria um mata-mata de classificação à fase de grupos, a exemplo do que acontece na Copa Libertadores da América ou na Liga dos Campeões da Europa. No entanto, a ideia é que os confrontos (em jogo único) de definição sejam realizados já no país-sede do torneio.

"As 16 melhores (seleções) se classificariam diretamente para a fase de grupos do Mundial, e as outras 32 jogariam uma partida, um playoff, três dias antes do começo do Mundial para determinar os outros 16. Assim, teríamos 32 equipes (na fase de grupos)", contou Infantino, de acordo com a agência de notícias EFE.