Cuca vai na contramão de Luxa e diz que trabalhar na China "foi gostoso"

Ainda em cima da repercussão das declarações de Vanderlei Luxemburgo sobre o futebol chinês, o técnico Cuca decidiu se posicionar. Na tarde desta sexta-feira, o treinador do Palmeiras negou qualquer má impressão do trabalho no Oriente, ao contrário do companheiro de profissão, que sugeriu problemas de corrupção e arranjo de resultados.

Em entrevista concedida nesta sexta-feira, Cuca destacou apenas os pontos positivos durante os dois anos nos quais comandou o Shandong Luneng, uma das principais equipes do futebol chinês.

“Não me lembro de ter ocorrido fato algum. Trabalhei em um time que era a ‘energia elétrica’ da China [patrocínio estatal]. Nunca ocorreu nada de desagradável, sou muito grato a eles, ainda mais pelo que pude aprender culturalmente. Foi ótimo e não tive nenhuma impressão negativa deles”, sentenciou.

Cuca, que já disse não descartar voltar ao futebol chinês no ano que vem, permaneceu dois anos no comando do Shandong e trabalhou com nomes conhecidos como Diego Tardelli (ex-Atlético-MG), Walter Montillo (ex-Cruzeiro e Santos) e Aloísio (ex-São Paulo). O treinador ganhou duas taças: Copa da China (2014) e Supercopa chinesa (2015).

Ao contrário de Luxemburgo, que procurou o desafio de comandar uma equipe da segunda divisão chinesa, Cuca contou com o forte suporte financeiro do Grupo Luneng, maior fornecedora de energia elétrica da província de Shandong, que reúne mais de 95 milhões de habitantes.

As lembranças, portanto, são extremamente positivas para Cuca, que trata a passagem pela China como algo positivo para a carreira de treinador de futebol.

“Gostei muito de trabalhar lá. Depois de uns cinco ou seis meses, os jogadores me entenderam [risos]. Às vezes os daqui não entendem, imagine lá. Depois disso, começamos a nos divertir. Foi gostoso porque fizemos uma amizade e pude ajudar um pouquinho taticamente”, finalizou.