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Presidente da Fifa adia para 2017 a decisão sobre aumento de times na Copa

AP Photo/Michael Probst
Imagem: AP Photo/Michael Probst

Do UOL, em São Paulo

13/10/2016 13h41

Classificação e Jogos

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou nesta quinta-feira (13) que a decisão sobre um possível aumento de seleções e reformulação da Copa do Mundo foi adiada para 2017.

O dirigente avalia como possível a realização de um evento com 32, 40 ou 48 equipes no Mundial de 2026, com local ainda indefinido. Na visão dele, a qualidade do torneio será maior com mais participantes.

Após uma reunião com o conselho da Fifa realizada durante a semana, o dirigente tomou outras decisões no que diz respeito às futuras edições da Copa, em especial a partir da de 2022, no Qatar. As mais significativas são a extinção do Comitê Organizador Local, que deixará de ser gerido pelo país-sede e passará para o controle da entidade, e mudanças nas vendas de ingresso, que podem passar para responsabilidade da federação depois do Mundial da Rússia.

O plano é instaurar um modelo mais transparente de venda de ingressos, no qual a Fifa tenha maior controle. As federações locais também podem se vir a fazer parte do novo formato, a fim de aumentar a eficiência do processo de comercialização.

Veja outras decisões

  • Processo de escolha das sedes: O congresso da Fifa, não o conselho, será responsável pela decisão. Ainda está sob desenvolvimento um modelo transparente de campanhas, que deve ficar pronto para 2017. Outra meta é excluir os candidatos a sede que não tiverem os requisitos técnicos necessários para receber o evento.
  • Contratos comerciais: Decisões quanto a esse assunto serão tomadas pela administração, não conselho, da Fifa. A terceirização da venda de direitos a agências externas será analisada do ponto de vista de transparência – uma decisão deve ser tomada até 2017.

  • Salários e outras vantagens: Os principais dirigentes da Fifa terão seus salários reais e outros bônus e vantagens tornados públicos. Uma nova regra de compensação financeira e a redefinição dos benefícios aos membros do conselho da Fifa estão sob debates.

  • Gastos administrativos: Contratação de novos funcionários executivos, um novo comitê, a reformulação de outro e a contratação de uma empresa externa de auditoria são fatos consumados. Uma auditoria das contas da Fifa, adoção de medidas mais transparentes e revisões sistemáticas sobre conflitos de interesse dos membros da entidade estão em andamento.

  • Distribuição de verba para desenvolvimento do futebol: Foi implementado o programa “Fifa Forward”, que será a única ferramenta da entidade para distribuir dinheiro e investir no desenvolvimento do esporte. O objetivo é transparência e uma padronização de regras, ao contrário do que ocorria no passado, quando existiam dez programas diferentes com seis regulamentações distintas. A Fifa também terá mais mecanismos de controle sobre as federações associadas que receberem os fundos, assim como requerimentos mais rígidos para repassá-los.

  • Desenvolvimento do futebol: Maior preocupação com o futebol feminino com a criação da Divisão de Futebol Feminino, maior diversidade de gêneros e regionalidades nos comitês e na administração da Fifa e um investimento bilionário em projetos de desenvolvimento do futebol são atividades consideradas como completas por Infantino. Resta dar continuação às discussões e implementação do uso da tecnologia na arbitragem e esporte e estabelecer um projeto de legado do futebol chamado Fifa Legends Team, que visa a promoção da modalidade.