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Nobre critica confusão durante Fla-Flu: "Ninguém vai levar na mão grande"

Paulo Nobre criticou confusão durante clássico carioca em Volta Redonda - Cesar Greco/Fotoarena
Paulo Nobre criticou confusão durante clássico carioca em Volta Redonda Imagem: Cesar Greco/Fotoarena

Do UOL, em São Paulo

14/10/2016 17h44

Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (14) para falar sobre a confusão envolvendo a decisão da arbitragem no clássico entre Fluminense e Flamengo, que terminou com vitória do clube rubro-negro por 2 a 1. O mandatário alviverde até admitiu a posição de impedimento no gol anulado da equipe tricolor, mas criticou a forma com que Sandro Meira Ricci, juiz da partida, foi pressionado para voltar atrás em sua última decisão.

"Estamos aqui hoje para deixar muito claro: o Palmeiras, desde o primeiro dia, se esforça muito para conquistar todos os resultados dentro de campo. Ninguém vai levar (o título) na mão grande. Se tiverem competência, meus parabéns, mas esse tipo de pressão não pode acontecer", disse Nobre, deixando um recado claro ao Flamengo.

"O Palmeiras é o único com 12 conquistas nacionais dentro de campo. Foi o primeiro a cair para a segunda divisão e voltar dentro de campo. Ontem (quinta), era um árbitro de calibre que estava apitando o jogo, experiente, um dos melhores que temos. Claro que o lance estava impedido, ninguém discute isso. Mas o auxiliar anula o gol, depois eles conversam e o Ricci valida o lance. Na sequência, ficam 13 minutos em uma 'reunião de condomínio' para voltar atrás. Era uma coisa para se resolver em 30 segundos. É brincadeira isso?", completou o presidente do Palmeiras.

Paulo Nobre ainda falou sobre a possível utilização da tecnologia para a decisão do árbitro e aproveitou para cutucar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. "Não estamos no futebol americano, tênis ou vôlei, que possuem recursos que servem de auxílio para decisões. O futebol é assim, feito de erros e acertos. A Fifa proíbe isso e ontem (quinta) foi claro que isso aconteceu. O lance só foi anulado por uma interferência externa. Isso é proibido! Tem que definir: pode ou não pode ajuda externa? Se puder, pode para todo mundo. Se não puder, não pode para ninguém. Será que o STJD vai ser pronunciar sobre isso?", indagou.

"Não vamos admitir esse tipo de coisa. Infelizmente, estão usando dois pesos e duas medidas. Os senhores que tanto acompanham o campeonato: o Palmeiras foi prejudicado em seis ou sete partidas no começo da competição, mas sabemos que não existe árbitro mal-intencionado, existem erros, que acontecem com todo mundo", completou.

INVERSÃO DE MANDO DE CAMPO
 
Paulo Nobre também comentou sobre as críticas feitas sobre o América-MG, que vendeu o mando do jogo contra o Palmeiras para Londrina, no Paraná, região com mais palmeirenses do que torcedores do time de Minas Gerais.
 
"E a pressão que fizeram sobre o América-MG por ter vendido o jogo? O América-MG tem o direito de fazer isso. Mas quem está criticando também se esquece que o Santos também vendeu o jogo para uma praça só com flamenguistas na partida contra o próprio Flamengo... Temos que ter a mesma regra para todo mundo", disse.
 
MATTOS REFORÇA PRESIDENTE
 
Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, também esteve presente na entrevista coletiva e reforçou as palavras do presidente alviverde. "O Palmeiras não está aqui reclamando de arbitragem. Quando reclamamos, fomos à CBF. A reclamação é de interferência externa. De ontem para hoje, recebi ligações de times que vão enfrentar o Flamengo e estão preocupados. A pressão tem afetado os clubes e a própria arbitragem".
 
Mattos ainda foi além. "A pressão começa muito na mídia: por exemplo, de que o árbitro (da partida) do Palmeiras não é Fifa. Quer covardia maior do que dizer que um árbitro de São Paulo não pode apitar jogo do Flamengo? O Palmeiras não se posicionou sobre um árbitro carioca em seu jogo. Cobramos um futebol muito mais organizado, em que a competência seja medida dentro de campo", completou.
 
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