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Presidente corintiano se reúne com aliados por trégua em guerra política

Falta de unidade marca o histórico recente do grupo político que comanda o Corinthians - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Falta de unidade marca o histórico recente do grupo político que comanda o Corinthians Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques e Ricardo Perrone

Do UOL, em São Paulo

24/10/2016 14h53

A falta de unidade dentro do grupo político que comanda o Corinthians foi pauta de uma reunião no último sábado no Parque São Jorge. O objetivo entre as principais lideranças da situação e ainda com membros da oposição foi tentar reagrupar a base de apoio ao presidente Roberto de Andrade, que convocou o encontro. 

Nos últimos dias, as críticas em torno do mandatário cresceram pela decisão de contratar o treinador Oswaldo de Oliveira sem dar ouvidos a aliados, o que se somou a disputas por pontos de vistas diferentes em relação à Arena Corinthians e aos contratos de patrocínio do clube, entre outros assuntos.

O estopim para a crise foi desencadeado por reportagem da Revista Época que acusou o presidente Roberto de Andrade de ter assinado ata em reunião da Arena Corinthians dois dias antes de ser eleito. Diante do fato, correntes da oposição passaram até a trabalhar com mais força pela possibilidade de impeachment do atual mandatário, que ainda tem mais de um ano de gestão.

No encontro em que participaram Roberto, o ex-presidente Andrés Sanchez e o conselheiro e ex-candidato Paulo Garcia, entre outros membros da política do clube, foi definido que a base de apoio ao atual mandatário precisa ser mais forte. Uma das preocupações é o clima eleitoral a mais de um ano das eleições presidenciais - o ex-diretor de futebol Eduardo Ferreira, por exemplo, membro da situação, foi intimidado por um torcedor.

Entre as reclamações a Roberto de Andrade, por outro lado, está a falta de acesso a conselheiros e membros da política em geral para discutir as decisões do clube. Embora tenha recusado convite para ser diretor de futebol, Nei Nujud foi um dos responsáveis por pedir mais apoio ao presidente que tem se fragilizado politicamente. 

A necessidade de costurar uma melhor relação com as pessoas próximas a Andrés Sanchez foi admitida por Roberto de Andrade a aliados. No encontro, realizado por iniciativa dele, além de explicar algumas decisões recentes e se defender de críticas, o mandatário cogitou a possibilidade de nomear um diretor de futebol de outra ala para diminuir o clima ruim. Entretanto, o presidente encontra resistência de quem não quer se juntar a uma gestão que tem sido alvo de mais críticas que elogios. 

Sábado importante no Parque São Jorge

O dia no Parque São Jorge, por sinal, foi agitado. Sócios referendaram votação do Conselho Deliberativo que alterou a formatação do órgão para as próximas eleições, com um desenho mais democrático. Além disso, a loja oficial realizou protesto em razão do não recebimento de artigos oficiais para comercialização há mais de um ano. 

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